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A tarifa do transporte público em Curitiba não deve baixar enquanto não houver outras fontes de financiamento para o sistema, de acordo com o anúncio do prefeito Gustavo Fruet (PDT) durante reunião com representantes da Frente de Luta pelo Transporte Público (que organiza os protestos de Curitiba) na tarde desta quarta-feira (19). Os manifestantes, porém, prometem novos protestos até que o valor do preço da passagem seja reduzido e congelado em R$ 2,60 nos dias úteis e R$ 1 aos domingos.

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Nesta quarta-feira (19), as prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro anunciaram a redução do valor da tarifa do transporte público.

Há três caminhos para a redução no preço da passagem, de acordo com o que foi apresentado pelo prefeito. Um deles seria a redução do valor da tarifa técnica, mas isso depende do parecer de uma comissão e uma auditoria que estudam o estabelecimento de "uma tarifa técnica justa", segundo nota enviada pela Prefeitura. Outro caminho seria a obtenção de novas fontes de financiamento para o sistema, como isenções ou incentivos. Por fim, outra alternativa seria o remanejamento de recursos de outras áreas, como saúde e educação, para cobrir o dinheiro que deixaria de entrar em caixa. Todas essas alternativas são inviáveis momentaneamente, de acordo com o que foi apresentado pelo prefeito.

De acordo com Fruet, mesmo que alguma dessas medidas fosse adotada, ainda não impactaria o valor pago às empresas de ônibus – que recebem R$ 2,99 por passageiro (a chamada tarifa técnica), com pagamento previsto em contrato. "Qualquer redução em nada altera para os empresários. Se houver redução o preço que é pago para as empresas por passageiro não vai ter alteração. Se houver qualquer redução, a sociedade vai ter que definir de onde vai tirar esse dinheiro. Nós não vamos alterar em nada enquanto não for concluída auditoria", afirmou o prefeito durante a reunião.

A tarifa técnica é alta por conta da integração com a região metropolitana – todos os municípios pagam o mesmo preço, mas em alguns o custo da passagem seria de cerca de R$ 4. Sem os custos da integração, o preço da passagem em Curitiba poderia cair para R$ 2,77, segundo o prefeito. A diferença entre o valor da passagem atual (R$ 2,85) e a tarifa técnica (R$ 2,99) é coberta por subsídios do governo e isenções.

48 horas

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Fruet deve convocar os integrantes da Frente para uma nova reunião nas próximas 48 horas, de acordo com a Prefeitura. Os manifestantes esperam, porém, um retorno antes da manifestação marcada para esta quinta-feira (20), que foi marcado como o Dia Nacional de Lutas Contra o Aumento das Passagens. Além desta manifestação, estão programados outros protestos para a sexta-feira (21) e sábado na capital.

"Entendemos que foi aberta a negociação e esperamos que a resposta seja positiva. O transporte é a principal questão que vamos continuar lutando. As pessoas querem ver seus direitos assegurados", afirma André Machado, um dos representantes da Frente e que participou da reunião com o prefeito.

Novos protestos

Quarto ato em apoio ao Movimento Nacional contra o Aumento da PassagemQuinta-feira (20/06), 18 horas, na Boca Maldita.

2ª Farofada do TransporteSexta-feira (21/06), 18 horas, na Praça Rui Barbosa.Manifestação contra a PEC 37Sábado (22/06), às 10 horas, na Boca Maldita.

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