O tatuador Fábio Raposo Barbosa, de 22 anos, preso na manhã deste domingo, 9, após admitir ter manuseado o rojão que feriu o cinegrafista da TV Bandeirantes Santiago Andrade, na última quinta-feira, 6, concordou em colaborar com as investigações para identificar o rapaz a quem ele entregou o explosivo, segundo a polícia.
"Ele diz que não tem amizade com o rapaz, mas já o viu em outras manifestações e vai tentar nos ajudar a descobrir quem é", afirmou o delegado Maurício Luciano de Almeida e Silva, que investiga o caso. Ele espera que o tatuador consiga orientar a produção de um retrato falado do procurado.
O advogado do tatuador, Jonas Tadeu Nunes, afirmou que vai pedir à Justiça que reconsidere a ordem de prisão temporária, válida por 30 dias, para reduzi-la ao prazo de 5 dias. Esse recurso, porém, só será apresentado na próxima terça-feira, 11, segundo Nunes.
Barbosa deixou a 17ª DP (São Cristóvão) rumo à Cidade da Polícia complexo que agrupa delegacias especializadas situado no Jacarezinho, na zona norte. Não foi divulgada a razão da condução de Barbosa para lá.
Pouco antes da transferência do tatuador, três líderes de manifestações chegaram à 17ª DP para prestar solidariedade a Barbosa. Uma das pessoas é Elisa Quadros, que chamou Barbosa de "fox" (raposa, em inglês) e disse que conhece o tatuador de outras manifestações, como o "Ocupa Cabral" e o "Ocupa Câmara". Houve discussão entre esse trio e cinegrafistas que registraram a chegada do grupo.
O cinegrafista continua internado em estado grave no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro do Rio. Ele está em coma induzido.
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