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Saúde

Tatuadores querem regulamentação da profissão

Os tatuadores mais experientes de Curitiba acreditam que a atividade precisaria passar por uma regulamentação para que os problemas fossem diminuídos. "Ainda hoje, a profissão não tem registro oficial", reclama Eduardo Meca, dono de um estúdio na esquina da Doutor Muricy com a XV de Novembro, bem no Centro de Curitiba. Quem trabalha com tatuagem tem que tirar alvará de salão de beleza, registro de maquiador ou algo semelhante.

A falta de uma legislação mais específica também influencia na organização da categoria. "Em São Paulo, o pessoal conseguiu se mobilizar, assim como em outros lugares. Mas aqui em Curitiba, não", diz Meca, citando o fato de que os tatuadores paulistanos têm até um sindicato próprio para defender os interesses dos profissionais. "Lá, se tem alguém vendendo de maneira irregular, em local inadequado ou qualquer coisa assim, o sindicato se mobiliza e a fiscalização acaba acontecendo", afirma.

Os profissionais reclamam que a existência de um mercado paralelo acaba criando uma "concorrência desleal" para quem faz tudo dentro dos padrões recomendados – inclusive dentro dos padrões de higiene. "Hoje vieram três meninas aqui para fazer umas estrelinhas", conta Fernanda Menezes, que trabalha no estúdio. "Mas só para fazer as agulhas e para pagar o material do que elas iam querer custa uns R$ 50 para cada uma", afirma.

Em média, um tatuador profissional faz três trabalhos por dia. Durante o outono e o inverno, a maior parte dos clientes é de aficcionados por tattoos, que aproveitam os dias mais frios para fazer trabalhos demorados, como cobrir as costas com diversas imagens. Já na primavera e no verão o mercado é mais destinado a pessoas que nunca fizeram uma tatuagem e que fazem pequenos desenhos, como estrelas, luas ou enfeites tribais. (RWG)

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