O índice de mortes por bilhão de quilômetros percorridos já é usado em países desenvolvidos, na Europa, América do Norte e Oceania. Ele é considerado mais preciso porque leva em conta não só o tamanho da frota e da população em determinado país, mas também a distância média percorrida pelos veículos. Assim, a mensuração permite a comparação do risco de acidentes em diferentes locais e também em épocas distintas.

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A taxa de mortes a cada 100 mil habitantes, normalmente usada no Brasil e em outros países, pode levar a conclusões equivocadas. Esse índice na Nigéria, por exemplo, é de 4,2, enquanto no Japão é de 6,7 e, nos Estados Unidos, de 14,7. Ou seja, poderia se supor que a segurança viária na Nigéria é melhor do que nos demais países. Mas a taxa é menor justamente devido à baixa taxa de motorização do país africano. Além disso, países pouco desenvolvidos geralmente não têm um registro preciso das mortes no trânsito.

Estados

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O mesmo ocorre ao se comparar a situação nos estados brasileiros. Estados onde a frota é maior e os motoristas percorrem, em média, mais quilômetros por ano, não necessariamente são os onde há mais risco de mortes. Minas Gerais, no caso, tinha uma frota de 5,7 milhões de veículos em 2008 e, no mesmo ano, registrou uma taxa de 17,52 mortes a cada 100 mil habitantes, ficando à frente de estados como o Maranhão, onde esse número chegou a 12,42. Pelo índice de mortes por bilhão de quilômetros percorridos, a situação se inverte: em 2008, o Maranhão ficou em 3.º lugar no ranking dos estados com mais risco de morte no trânsito, enquanto Minas Gerais ficou somente com a 24.ª colocação.