Os bombeiros trabalharam das 14 às 18h30 para combater o fogo em Colombo| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Chuva ajudou a reduzir ocorrências

A causa da redução de incêndios florestais em agosto foi a chuva dos 15 primeiros dias do mês. Segundo o meteorologista Samuel Braun, do Instituto Tecnológico Simepar, depois de um dia de chuva a vegetação leva de três a quatro dias de sol para secar e correr risco de incêndio. "Por isso, incêndios ambientais não seriam possíveis em muitas regiões do estado em agosto", afirma.

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Sul é referência no combate ao fogo

O Paraná foi escolhido para ser sede, em 2008, do Curso de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, realizado pela Secretaria Nacional de Segurança Nacional, do Ministério da Justiça. Segundo o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, da Coordenadoria de Defesa Civil do Paraná, a Região Sul é referência no combate a incêndios florestais, já que é a região que mais registra incêndios. Segundo ele, o Paraná é o estado mais afetado do Sul do país. O curso, que será concluído neste mês, visa multiplicar conhecimentos entre os profissionais da área, com o ensino das metodologias aplicadas em diversos pontos do país no combate aos incêndios.

Confira no gráfico o número de incêndios ambientais nos últimos dez anos
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Ponta Grossa - O calor e a baixa umidade do ar causaram 115 incêndios ambientais no Paraná nos dois primeiros dias de setembro. A região de Maringá, no Norte, concentra a maioria dos casos, com 39 ocorrências, seguida por Ponta Grossa, nos Campos Gerais, com 20 queimadas. Ontem, a cerca de três quilômetros do centro de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, um incêndio ambiental consumiu com grande parte de uma área de vegetação fechada, no Jardim Matutina.

O Corpo de Bombeiros ainda não tem uma dimensão do estrago causado pelo incêndio de ontem em Colombo. Os trabalhos de combate ao fogo começaram às 14 horas e seguiram até por volta das 18h30. O Jardim Matutina é formado por vários sítios, mas ninguém ficou ferido.

Na terça-feira, um incêndio atingiu o distrito de Guaragi, a cerca de 20 quilômetros de Ponta Grossa. Na fazenda da família de Edilson Gorte, 30 hectares foram queimados. Segundo ele, isso se repete todos os anos, geralmente no mês de agosto. O fogo destruiu parte das bracatingas plantadas há quatro anos. "Como o solo é muito arenoso, não vale a pena usar para plantio, resolvemos reflorestar essa área", afirmou Gorte.

Chuva

Segundo o meteorologista Samuel Braun, do Instituto Tecnológico Simepar, deverá chover amanhã e sábado no estado, devido à chegada de uma frente fria. Em setembro dos anos anteriores, a média do volume pluviométrico chegou a 100 milímetros em Maringá e a 140 em Ponta Grossa.

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"Não há como estimar o prejuízo causado ao estado em virtude das queimadas. Além da destruição da mata, a poluição e o dano ambiental, as cortinas de fumaças podem causar acidentes nas estradas e queimar casas que ficam nas proximidades", avalia Segundo o tenente Eduardo Gomes Pinheiro, Defesa Civil do Paraná.

Um dos problemas é a falta de cooperação da população. Muitas pessoas solicitam ajuda para casos em que não há necessidade de intervenção dos bombeiros. "Quando os bombeiros chegam ao local, não é nada do que foi passado por telefone. Isso prejudica os atendimentos de situações graves, em edificações e incêndios ambientais", comenta Pinheiro. Ele pede para a população denunciar a práica de incêndios florestais.

O Corpo de Bombeiros avalia que o risco de incêndio é moderado pela manhã e no período da tarde, mas que, devido ao calor, torna-se elevado e até extremo em algumas regiões. Embora o ano ainda não tenha terminado, a corporação acredita que a média de incêndios no estado será inferior à do ano passado. Nos primeiros oito meses de 2007, o estado registrou aproximadamente 9 mil incêndios. Até agosto deste ano, foram 6 mil. O mês passado foi decisivo para que a estatística de queimadas em 2008 apresentasse menos casos. Em agosto foram atendidas 850 ocorrências, enquanto no ano passado, no mesmo período, foram 2.426.