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No Sul

Temporais mataram oito no RS e em SC

Desabamento: vento e chuvas derrubaram muro e teto em shopping paulistano | Tiago Queiroz/AE
Desabamento: vento e chuvas derrubaram muro e teto em shopping paulistano (Foto: Tiago Queiroz/AE)

Porto Alegre e São Paulo - Os temporais que atingem o Rio Grande do Sul desde o início da semana mataram mais duas pessoas entre a noite de quinta-feira e a tarde de ontem. As vítimas são um homem de Cidreira, no litoral norte, e uma mulher de Candelária, na região central. Elas se somam às cinco que morreram na quinta-feira em Porto Alegre (2), Canoas (2) e Capivari do Sul (1).

Em Cidreira, o zelador Vitor Hugo Silvestre, 45 anos, foi soterrado pelo muro de sua casa durante o vendaval de quinta-feira. Socor­rido e levado ao Hospital da Ulbra de Tramandaí, não resistiu aos ferimentos. O óbito foi confirmado na manhã de ontem.

Em Candelária, na região central, a dona de casa Jéssica Tavares, 19 anos, morreu atingida por uma descarga elétrica quando trabalhava na colocação de uma mangueira para distribuição de água na propriedade rural. O marido dela, Édipo Tavares, 21 anos, estava junto e sofreu queimaduras nas pernas.

Entre os outros feridos pelos ven­­davais está um menino de 11 anos, atingido por um fio de alta tensão e internado no Pronto-So­corro de Porto Alegre, e dois adolescentes de Tramandaí, com fraturas. No litoral norte do Rio Grande do Sul, onde uma rajada de vento chegou a 133 quilômetros por hora em Tramandaí, milhares de casas e dezenas de edifícios públicos ficaram parcial ou totalmente destelhados. Em Balneário Pinhal, a prefeitura calcula que 700 casas haviam sido atingidas.

A Defesa Civil divulgou uma nova estimativa indicando que o Rio Grande do Sul está com 20 mil pessoas desalojadas, morando temporariamente em casas de parentes e amigos, e 2 mil desabrigadas, recolhidas a ginásios de esportes, escolas e centros comunitários.

Segundo o meteorologista Gil Russo, do 8.º Distrito de Meteoro­logia, os vendavais de quinta-feira foram provocados pela formação um ciclone extratropical no Oceano Atlântico associada a uma frente fria que, vinda do sul, encontrou uma massa de ar quente e úmido, vinda do noroeste, sobre o estado. O choque dessas duas correntes costuma provocar temporais, especialmente na primavera. Para hoje, persiste a perspectiva de chuva forte em áreas isoladas.

Em Santa Catarina, foi confirmada uma morte até o momento. Trata-se de uma mulher de 56 anos que foi atingida por uma árvore que caiu em Tubarão. Ela foi levada a um hospital, mas morreu nesta madrugada. A Defesa Civil do estado registrou 120 atendimentos entre alagamentos, quedas de árvore e riscos de desabamento.

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