A jornalista e pesquisadora Silvia Costa explica que o termo "campo de concentração" foi muito usado pelos policiais brasileiros durante a Segunda Guerra para designar as cadeias que abrigaram os presos e perseguidos na época. Já para a historiadora Marion Brepohl, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o termo não deve ser usado cientificamente como na Alemanha, porque lá houve o processo de tortura e morte. No Brasil as coisas foram diferentes.
Normalmente era o Departamento de Ordem Política e Social (Dops) que prendia as pessoas suspeitas de contribuir com os países inimigos ou suspeitas de fazer parte de algum grupo terrorista. Elas eram interrogadas depois de presas e, se fossem consideradas perigosas, segundo o Dops, eram internadas em locais isolados os do Paraná iam, normalmente, para Ilha Grande, no Rio de Janeiro.
Silvia, que pesquisou sobre os presos em Ponta Grossa, lembra que as torturas praticadas no presídio da cidade eram muito mais psicológicas do que físicas, pois os guardas costumavam pedir dinheiro aos prisioneiros.
Os historiadores lembram ainda, de um modo geral, que havia a ideia de que os japoneses eram "suspeitos culpados", ou seja, pelo fato de serem suspeitos, isso já causava uma culpabilidade a eles.
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