Um terreno de 5 mil metros quadrados no bairro Fazendinha, em Curitiba, é explorado, há nove anos, como ponto de venda de veículos irregulares, produtos furtados e contrabando. Segundo reportagem da Gazeta do Povo, a área de terra batida é conhecida na região como a "Pedra", uma espécie de feira de carros usados na esquina das ruas Raul Pompéia e Waldemar Cavanha, em pleno centro comercial formal do bairro. O detalhe é que o terreno pertence à prefeitura, que nunca reclamou a área.
A simples menção do nome do feirão causa arrepios em parte dos moradores e comerciantes da região. É um local "barra pesada" (expressão ouvida diversas vezes pela reportagem), onde brigas e tiros podem ocorrer a qualquer momento. A "Pedra" oferece de tudo de CDs piratas a aparelhos de celular, passando por equipamentos de som, televisores, tênis e peças para carros. O problema é a procedência. Nada é vendido com nota fiscal e a origem quase sempre é mal explicada. Apenas os produtos aparentemente novos, que vêm do Paraguai, inspiram alguma confiança. Os demais, em sua maioria, seriam oriundos de arrombamentos cometidos na região, de acordo com denúncias feitas à reportagem.
Segundo pessoas ouvidas pela reportagem, qualquer um que queira vender um carro ou algum produto no terreno precisa pagar uma comissão às pessoas que se apresentam como "donas da área". Na venda de um carro, por exemplo, o valor seria de R$ 150.