A suspeita de que a inglesa Cara Marie Burke, de 17 anos, foi morta de maneira fria foi confirmada nesta segunda-feira (4) por uma amiga do assassino, Mohammed D’Ali Carvalho dos Santos, de 20. Identificada como Polyana - seu nome real não foi divulgado -, a estudante de 21 anos disse, depois de depor por duas horas na Delegacia de Homicídios, que Mohammed foi à sua casa logo após o crime, para uma festa, e mostrou, em seu celular, a foto de Cara morta.

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"O corpo estava estirado no chão, ainda não fora esquartejado", disse. "Pensei que se tratasse de uma montagem, mas ele garantiu que não era. Perguntei sobre as manchas vermelhas sobre o corpo e ele disse que era catchup." Segundo ela, Mohammed estava tranqüilo e não aparentava estar drogado. Após mostrar a imagem, ele teria dito: "É isso o que acontece com uma vagabunda." "Só entendi e relacionei a foto ao caso quando foi noticiada a morte da Cara Marie", disse Polyana.

Dois porteiros do prédio onde o rapaz vivia também prestaram depoimento. Um deles disse que viu Mohammed arrastando a mala pelo elevador e colocando-a no porta-malas de um carro. O veículo pertence a um amigo de Mohammed que teria sido identificado. "Nós temos pistas seguras", disse o delegado Carlos Raimundo Batista.

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Antes de esquartejar a vítima, Mohammed mostrou a foto do corpo para outro amigo, Ismael Cândido Barbosa, de 23 anos, com quem passou parte da infância na Vila Moraes. "Fomos tomar uma cerveja e ele mostrou a foto. Fiquei assustado", disse Barbosa à polícia.

Nesta segunda-feira (4), o Corpo de Bombeiros localizou a cabeça e os braços de Cara, no Ribeirão Sozinha, em Bonfinópolis, a 33 quilômetros de Goiânia. No domingo (3), foi localizada a perna esquerda. As buscas pela perna direita prosseguem.