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Rio de Janeiro - O tio do adolescente de 17 anos que confirmou à polícia a morte da ex-amante do goleiro Bruno, Eliza Samudio, registrou ocorrência de ameaça na Delegacia de Homicídios do Rio, no início da tarde de ontem, e pediu proteção policial. Ele disse que passou a ser intimidado após de­­nunciar que seu sobrinho, que é primo de Bru­no, viu Eliza sendo morta. Policiais civis informaram que o motorista de ônibus foi encaminhado para o Pro­grama de Prote­ção a Teste­mu­nhas, do governo federal. Ele dei­­xou a delegacia escoltado por uma equipe policial.

Em depoimento, o motorista disse que recebeu vários telefonemas de pessoas que o ameaçaram de morte. Ele também afirmou que precisou mudar de residência ao notar que carros escuros passavam na porta da sua casa em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. Hoje, o adolescente deve ser transferido para Minas Gerais tão logo a Justiça autorize.

Corpo

O fato de o cadáver não aparecer – como poderá acontecer com o corpo de Eliza – não significa que um homicídio fique impune. Mas isso se aplica somente a casos excepcionais, quando há provas contundentes de que o assassinato realmente ocorreu e de seus autores. A opinião é dos advogados criminalistas José Carlos Tórtima e Luiz Eduardo Guima­rães. "Outras provas têm de ser tão consistentes que excluam qualquer outra hipótese que não o homicídio. Se surgir dúvida, não pode haver condenação", diz Tórtima. "Sem o corpo ou elemen­tos contundentes, os acusados somente podem ser condenados de forma fundamentada nos crimes acessórios que cercam o delito principal, como sequestro, corrupção de menores, etc", explica Guimarães.

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