Rio de Janeiro - Um tornado de baixa intensidade foi registrado em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no início da noite de quarta-feira. O vento forte destelhou casas, arrancou janelas e árvores pela raiz, derrubou portões e postes e o muro de uma casa. Mas não provocou ferimentos graves nos moradores.
Sete bairros sentiram, durante cerca de 20 minutos, os efeitos do "tornado fraquinho" que passou pela cidade por volta das 18h30. A classificação é do meteorologista Lucio de Souza, do Instituto Nacional de Meteorologia. Ele desconfiou de exagero quando soube da notícia, mas não teve dúvidas ao ver a imagem em vídeos.
"Eu não estava acreditando, mas a nuvem em forma de funil não deixa dúvida", disse. "Como ocorreu num lugar apenas, não foi sentido em nenhuma estação meteorológica. Não foi registrado qualquer vento nem chuva que pudesse se associar a este tornado." Ele estima que a velocidade tenha ficado entre 80 e 90 km/h.
Várias casas permaneciam sem luz no início da tarde de ontem. A Defesa Civil informou que atendeu a pelo menos 50 chamadas desde quarta-feira. Segundo a Light, distribuidora de energia elétrica da região, algumas ruas do bairro permaneciamm sem luz. A previsão é que o fornecimento seja totalmente restabelecido ontem.
Mais tempestades
Cientistas da Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertam que os governos do Brasil e, principalmente, dos estados do Sudeste, devem se preparar para enfrentar eventos climáticos extremos nos próximos anos. "Esse não foi um evento isolado [a devastação na região serrana do Rio]. Os acontecimentos no Brasil confirmam uma tendência mundial de que tempestades tendem a ser cada vez mais fortes e em locais onde não ocorriam com a mesma força", afirmou Rupakumar Kolli, especialista da OMM em fenômenos climatológicos.
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