Os enfermeiros, técnicos, auxiliares e funcionários da limpeza de hospitais privados e filantrópicos de Curitiba entram em greve a partir da 0h desta quarta-feira (4). Na assembleia realizada na noite desta terça-feira (3), a categoria decidiu rejeitar as propostas apresentadas durante audiência realizada à tarde no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). Apenas 30% dos trabalhadores devem manter as atividades, número estipulado por lei.
De acordo com o Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Curitiba e Região (Sindesc), a reivindicação da categoria é de reajuste salarial e dos pisos em 15% e aumento do auxílio alimentação para R$ 400. Além disso, um reajuste de 15% referente à insalubridade e fornecimento de plano de saúde gratuito.
Os hospitais Cajuru e Marcelino Champagnat conseguiram liminar que proíbe a paralisação, sob pena de pagamento de multa diária de R$ 10 mil. De acordo com a decisão, todos os profissionais dos setores críticos, como pronto-socorro, centro cirúrgico e unidade de terapia intensiva, deverão trabalhar. Dos setores de suporte, como radiologia e tomografia, 80% dos profissionais devem manter as atividades, bem como 50% dos colaboradores das áreas não críticas, como recepção e faturamento.
Negociação
Durante audiência entre o sindicato que representa os trabalhadores (Sindesc) e o sindicato que representa os hospitais (Sindipar) realizada nesta terça-feira (3) foram discutidas as propostas de reajuste aos trabalhadores.
A proposta apresentada pela desembargadora Ana Carolina Zaina foi de data-base em 1.º de maio, reajuste de 7,93% para salários acima do piso, sendo 6,8% a contar de maio 2014 e 1,13% a contar de janeiro de 2015. Para os que recebem acima do piso, a magistrada propõe um ganho real de 2% aos trabalhadores (tendo em vista INPC de 5,82%). Além disso, a desembargadora propôs o reajuste do auxílio-alimentação para R$ 300. Em relação ao cálculo do adicional de insalubridade, a proposta é de R$ 750 a partir de maio de 2014, passando para R$ 850 a partir de janeiro de 2015.
O Sindipar aceitou a proposta e ressaltou os baixos valores repassados pelos planos de saúde aos hospitais credenciados, entre outros fatores de impacto econômico. Bruno Milano Centa, advogado do Sindipar, afirmou que as dificuldades econômicas enfrentadas pelas instituições impedem um aumento maior.
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