Os trabalhadores dos Correios, em greve nacional desde a última quarta-feira (14), decidiram manter a paralisação por tempo indeterminado. As assembléias realizadas em todo o país nesta quarta decidiram continuar o movimento que exige um reajuste salarial de 47,17%.
Uma nova passeata dos funcionários grevistas aconteceu nesta quarta. Antes disso, os trabalhadores se reuniram em assembléia para votar a expulsão de três membros do comando nacional que defenderam a proposta de reajuste em 12,5% apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) na terça-feira.
Em seguida, os manifestantes seguiram rumo à Câmara de Curitiba. Na passeata do dia anterior, a manifestação terminou na Assembléia Legislativa. Segundo os organizadores do movimento no Paraná, a maioria dos deputados e vereadores apóia a causa dos grevistas.
Decisão
Além do estado do Paraná, outros estados como São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Tocantins, Ceará, Espírito Santo, Paraíba, Pernambuco e Roraima optaram pela manutenção da greve. A proposta feita pelo TST só foi aceita pelo estado das Alagoas, Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro, além do Distrito Federal e de alguns sindicatos menores, de base intermunicipal.
Nesta quinta-feira, acontece uma nova audiência no TST. No encontro deve ser marcada uma nova data para o julgamento da ação de dissídio coletivo solicitada pela direção dos Correios. "Ainda esperamos que a empresa, diante da rejeição de sua proposta nas assembléias, apresente um novo índice de reajuste", afirmou Celso Paiva, diretor do Sindicato dos Trabalhos dos Correios no Paraná (Sintcom).
Serviços
O número de adesão a paralisação diminuiu, segundo a assessoria dos Correios. Porém, os trabalhos ainda sofrem com o atraso de algumas correspondências. As encomendas urgentes continuam com a prioridade nas entregas, como encomendas de Sedex e contas.