Depois de cinco horas de reunião entre os trabalhadores do Hospital de Clínicas (HC) contratados pela Fundação da Universidade Federal do Paraná (Funpar) e os representantes da fundação, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), pouco se avançou nesta terça-feira (7). Uma assembleia foi marcada para a manhã quarta-feira (8), às 9 horas, para definir o futuro da greve.
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Terceiro Grau Público do Paraná (Sinditest-PR), que representa a categoria, a Funpar voltou a oferecer um reajuste salarial de 5,2% – que já tinha sido rechaçado pela categoria. A nova proposta, sugerida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), é de que os trabalhadores aceitem os 5,2% retroativos a 1.º de maio (data-base) e voltem para a mesa de negociação em dois meses para buscar um novo acordo.
A proposta, que foi aceita pela Funpar , será discutida pelos trabalhadores em assembleia. O sindicato afirma que 851 dos 3.132 trabalhadores do HC pertencem ao quadro de funcionários da fundação e atuam em todos os setores da instituição.
Em nota, o HC afirmou que está enfrentando uma grave crise financeira que tem afetado o abastecimento de insumos do hospital e que não tem condições de atender a proposta de aumento solicitada pelo sindicato.
Segunda greve em menos de um mês
É a segunda paralisação dos funcionários em menos de um mês. A categoria cobra o reajuste salarial da categoria, já que a data-base foi no dia 1.º de maio. Em dois dias de greve, 252 funcionários aderiram à paralisação de acordo com o HC.
Os principais serviços afetados foram a central de agendamento, ambulatórios e setor de exames, que estão com adesão parcial, atendendo com lentidão. Até o momento, de acordo com o hospital, nenhuma cirurgia foi cancelada.