Três traficantes suspeitos de participar da chacina que deixou 15 pessoas mortas e oito feridas em Guaíra, no Oeste do Paraná, na tarde de segunda-feira (22) tiveram pedidos de prisão provisória decretadas, por 30 dias, segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp-PR). Ao todo, são cinco suspeitos de participação no crime. O motivo do crime seria uma dívida de R$ 4 mil entre narcotraficantes. Durante a tarde desta terça-feira (23) foi decretada a prisão preventiva de mais um suspeito.
A chacina aconteceu em um sítio às margens do lago de Itaipu, na divisa com o Paraguai. Os homicidas, todos encapuzados, foram até o local de barco. A polícia suspeita que pelo menos cinco pessoas são responsáveis pelos assassinatos foram encontradas balas de cinco tipos de calibres, algumas de uso restrito do Estado. De acordo com a polícia, o sítio era usado para armazenar drogas. "Nós já tivemos duas incursões neste local para combate ao tráfico de drogas", lembrou Érico Saconato, delegado da Polícia Federal (PF), ao Bom Dia Paraná.
Das 15 pessoas mortas, duas eram mulheres uma delas, menor de idade. Segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), algumas vítimas teriam envolvimento com uma quadrilha comandada por Jocemar Marques Soares, mais conhecido como "Polaco", que já tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas. Oito pessoas ficaram feridas algumas delas se fingiram de mortas para escapar da execução. Uma mulher e duas crianças escaparam sem ferimentos.
Segundo a Sesp, Polaco foi rendido e forçado a convocar os outros membros do bando. Todos foram reunidos em um galpão. "Um deles gritou 'quem vai pagar'. Logo depois, eliminou o Polaco", relatou secretário da Segurança, Luiz Fernando Delazari. O bando fugiu de barco para o Paraguai. A Sesp diz ter "100% de certeza" de que se trata de uma quadrilha de brasileiros.
Contingente
Uma força-tarefa com mais de 200 policiais de Guaíra, Toledo, Cascavel e cidades vizinhas trabalha no caso. Policiais da Rone (Ronda Ostensiva de Natureza Especial), de Curitiba, colaboraram para a captura dos criminosos. Um contingente da PF também colabora com as investigações.
Apesar de já ter a identidade de quem comandou a chacina, a polícia não divulga o dado para não prejudicar as investigações. A possibilidade mais forte é que os criminosos estejam refugiados no Paraguai. A Sesp informou que vai pedir ajuda à polícia paraguaia para prender os criminosos.
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