O Tribunal de Justiça do Paraná considerou ilegal a greve dos sevidores do Detran, deflagada na manhã desta sexta-feira (5) no estado. Segundo o parecer do desembargador Leonel Cunha, a diretoria do órgão manteve o diálogo com o sindicato de funcionários, estava cumprindo os acordos firmados e que a assembleia que levou à paralisação não respeitou as formalidades necessárias.
A ação determinou o final imediato da manifestação, sob pena diária de R$ 10 mil em caso de descumprimento pelos grevistas. Entretanto, o Sindicato dos Servidores do Detran do Paraná (Sisdep) questiona a postura do TJ, e afirma que já está se mobilizando judicialmente para dar continuidade a greve sem o pagamento da multa.
"Nós ainda não fomos informados oficialmente pela Justiça sobre essa decisão. A forma como veio à tona esse processo, através da diretoria do Detran, tira a validade da ação. Isso foi informado pelos nossos advogados. Mesmo assim, já entramos em contato com a nossa assessoria jurídica para tormarmos as medidas necessárias. A greve continua nos próximos dias, e não pagaremos nada", afirmou o presidente do Sisdep, Adão Gilberto da Rosa.
Já Nelson Lambach, diretor de recursos humanos do Detran, acredita que o parecer do desembargador irá se manter, alegando que o órgão mantém o canal de comunicação com os servidores abertos.
"Estamos cumprindo com o cronograma de pagamentos corretamente. Não tivemos encerramento de diálogo que fundamentasse essa greve. Nos embasamos nisso para acreditar na manutenção do parecer da justiça".
Balanço do dia
Segundo o Detran, foi grande o impacto do primeiro dia de greve dos servidores, principalmente na sede do Tarumã. No local, são realizados diariamente cerca de 500 atendimentos, e nesta sexta-feira foram feitos 102. Dos 600 exames práticos para retirada da 1ª habilitação, apenas 30 foram executados. Todos onde o processo vence em menos de 30 dias, de acordo com o estipulado pelo Sesdip.
Já nas sedes Hauer e Centro, a movimentação se manteve próxima do normal.