Três pessoas, flagradas com uma grande quantidade de armamento pesado, foram presas na madrugada desta quinta-feira (5) em Almirante Tamandaré, na região metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo investigações da Divisão Estadual de Narcóticos (Denarc), responsável pela prisão do trio, parte das armas pode ter sido utilizada na chacina realizada nas vilas Icaraí e União, no bairro Uberaba, no dia 3 de outubro.
Os suspeitos, investigados há cinco meses, foram detidos no terminal do Cachoeira, em Almirante Tamandaré. Na residência de um dos detidos e em um veículo Honda Fit, a polícia encontrou uma pistola 9 milímetros, um fuzil calibre 7,62, duas metralhadoras 9 milímetros, quatro granadas, uma barra de explosivo, quatro coletes à prova de bala, além de mais de 500 munições. De acordo com o delegado da Denarc, Renato Figueroa, o explosivo encontrado não é encontrado no Brasil. "Esse material é utilizado apenas por equipes especializadas do exército dos Estados Unidos", explica.
A polícia ainda vai investigar em quantos crimes os acusados podem estar envolvidos, por isso as armas serão encaminhadas para perícia. Há suspeita de utilização do armamento em pelo menos dois casos: a morte de um sargento da Polícia Militar, em junho deste ano, no bairro Santa Felicidade e também na chacina que deixou oito mortos e dois ferido no bairro Uberaba no início de outubro. Segundo o Denarc, na casa de um dos detidos foram encontrados diversos jornais do dia em que a chacina foi noticiada.
Apenas o nome verdadeiro de um dos presos foi levantado: Adriano Dias Paulista, de 31 anos, foragido da penitenciária de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná, e que possui quatro mandados de prisão por roubo e homicídio. As identidades dos outros dois suspeitos ainda não foram confirmadas.
O trio vai responder por porte ilegal de arma, munição e acessórios de uso proibido. Eles foram encaminhados para o Centro de Triagem II, em Piraquara, também na RMC.
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