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A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) abriu um processo administrativo contra a companhia aérea Trip por ter efetuado em diferentes aeroportos do país uma modalidade de aterrissagem não autorizada, segundo informou neste sábado o jornal "O Estado de S. Paulo".

De acordo com esta versão, um relatório da Anac realizado no final do mês de agosto revela que a companhia aérea "recorrentemente realiza procedimentos de aproximação não aprovados".

A técnica de aterrissagem, chamada RNAV Approach, emprega instrumentos como o GPS que permitem aos aviões voar a menor velocidade nos momentos prévios à aterrissagem.

Essa modalidade possibilita aos pilotos aterrissar inclusive em casos de pouca visibilidade e evita assim sobrevoar uma área até que as condições melhorem ou ter de deslocar-se a outros aeroportos, o que aumenta os custos das companhias aéreas.

O uso da técnica descrita requer uma série de certificados que, segundo o jornal, a companhia aérea não dispõe, além de estar restrito a aeroportos que especificamente tenham sido autorizados para essa manobra.

"É uma infração grave do regulamento do setor aéreo", disse o diretor de segurança de voos do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Carlos Camacho.

Por sua parte, a empresa aérea confirmou a manobra e descartou que isso represente um risco para a segurança.

"É uma técnica moderna e muito segura", declarou o presidente da Trip, José Mario Caprioli, explicando que suspenderam a prática ao receber a notificação oficial.

A companhia está em processo de fusão com a Azul, operação com a qual se consolidarão como terceira maior empresa aérea do país com uma fração de mercado próxima aos 15%.

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