Quarto tiroteio em uma semana
A troca de tiros na Praça Carlos Gomes é o quarto tiroteio em local de grande circulação contabilizado em Curitiba em uma semana. No último dia 31, seis jovens morreram vítimas de uma troca de tiros à luz do dia em um supermercado na Avenida das Torres. Nesta segunda-feira (5), um homem de 33 anos foi baleado na Avenida Manoel Ribas, em Santa Felicidade, em frente a um restaurante da região, no início da tarde. Nesta terça-feira (6), uma troca de tiros no Água Verde assustou moradores e comerciantes. Um suspeito acabou baleado.
Um tiroteio no Centro de Curitiba assustou quem passava pela Praça Carlos Gomes no início da tarde desta quarta-feira (7). Dois grupos trocaram mais de 10 tiros por volta das 12h45 desta quarta-feira (7). Um deles estava à pé e o outro dentro de um carro estacionado na praça. Segundo informações de testemunhas, o motorista do veículo, mesmo ferido, conseguiu dirigir o Citroën C3 preto onde estava e fugir do local. Um homem envolvido na troca de tiros foi preso.
Segundo a versão de testemunhas que presenciaram o tiroteio, dois homens chegaram à pé e começaram a atirar contra o carro, que logo em seguida saiu do local. Elas não perceberam que houve revide por parte dos ocupantes do C3.
Veja fotos do local após o tiroteio
Assista ao vídeo com imagens da troca de tiros
De acordo com a Polícia Civil, a razão da troca de tiros foi passional. O delegado Janderson Janine, do 1º Distrito Policial, que está à frente das investigações, explica que dois casais tinham acabado de almoçar em um restaurante da praça quando o ex-namorado de uma das mulheres chegou e o tiroteio começou.
O ex-namorado da moça estava com uma tornozeleira eletrônica e teria saído recentemente da prisão. Segundo a PM, ele havia marcado um encontro com a ex-namorada na praça. Quando chegou ao local, a encontrou dentro do carro com outras pessoas.
A polícia ainda investiga quem começou a atirar. Isso porque o ex-presidiário afirma que apenas revidou, enquanto outro homem que estava no carro - e agora está hospitalizado - diz que só atirou depois de ser atacado. Para descobrir como o incidente começou, os policiais analisam imagens de câmeras de segurança da região.
O homem ferido por um disparo no abdome foi encaminhado para o Hospital Cajuru. Ele passa bem e não corre risco de morte. Os outros passageiros do veículo não sofreram ferimentos.
Fogo cruzado
Dois dos tiros disparados atingiram uma das portas de vidro do prédio da Gazeta do Povo, estilhaçando-a. Outro tiro atingiu a fachada do jornal. Pelo menos seis cápsulas já foram encontradas no asfalto por peritos.
Após o início da troca de tiros, um homem e uma mulher, que estavam dentro do C3, procuraram refúgio no prédio da Gazeta do Povo. Ela se escondeu atrás de um balcão e ele pediu socorro por um dos corredores do andar térreo. O casal saiu do prédio e teria fugido no mesmo carro onde estavam inicialmente.
Após o carro deixar a praça, os dois homens à pé fugiram, mas um deles foi preso pela Polícia Militar (PM) no momento em que tentava embarcar em um ônibus biarticulado. Ele foi visto por populares, que o denunciaram à polícia.
Policiais militares fizeram rondas na região em busca do outro homem que fugiu, mas, até as 13h45, ele não tinha sido localizado.
Após o tiroteio, um dos homens que fugiram à pé - não se sabe se o detido ou o foragido - largou uma pistola dentro da loja de classificados dos jornais Gazeta do Povo e Tribuna do Paraná, na esquina da Rua Monsenhor Celso com a Rua Pedro Ivo. A arma, uma pistola calibre .380, foi apreendida sem balas pela PM.
Confusão
Muitas pessoas passavam pela Praça Carlos Gomes no momento do tiroteio. Em um restaurante da região, os clientes correram para os fundos e muitas pessoas que passavam pelo local entraram para buscar alguma proteção. Um camelô entrou correndo, com a filha nos braços. O clima era de consternação no local.
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