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Curitiba – Políticos e empresários paranaenses receberam sem alardes a notícia da indicação de Guido Mantega para assumir o Ministério da Fazenda. Para a maioria deles, a política econômica do governo Lula continuará a mesma. O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo Rocha Loures, acredita que a escolha de Mantega pode ser um "ensejo para um abrandamento da política econômica e abre uma possibilidade para conter essa exacerbação dos juros altos". Para o presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Cláudio Slaviero, também defensor de uma política com juros mais baixos, a mudança de ministro não deve refletir em mudança na política econômica. O presidente estadual do PT, deputado André Vargas, partilha a mesma opinião. "A orientação econômica deve continuar a mesma, quem sabe tenha um viés mais desenvolvimentista", diz.

O senador Osmar Dias (PDT-PR) acha que a escolha de Mantega foi uma mensagem de Lula ao mercado financeiro de que a política econômica não muda. "Infelizmente, porque a gente tinha a esperança de que a saída do ministro trouxesse alguém com uma nova mentalidade, capaz de mudar a questão da política monetária e a taxa de juros, esses dois pontos que têm condenado o setor produtivo do país à inércia", afirma o senador. A assessoria de Roberto Requião (PMDB) lembra que o governador sempre manteve uma relação mais próxima a Mantega do que a Palocci e que Requião fez vários elogios ao novo ministro da Fazenda quando este assumiu a presidência do BNDES, em novembro de 2004.

O senador Alvaro Dias (PSDB- PR) disse que a saída de Palocci não reflete prejuízo algum para a economia do país, já que "o crescimento do Brasil tem sido medíocre". "Eu acho que o nome não é mais relevante do que a equipe. O presidente não vai mudar muito a equipe, mantendo assim a política econômica, que é ruim sob o ponto de vista do desenvolvimento, e é boa do ponto de vista da manutenção do equilíbrio fiscal. Mas o preço é muito alto para a população. Estamos desperdiçando oportunidade de crescer", afirma Alvaro Dias.

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