Aplicativo Uber conecta motoristas particulares e passageiros.| Foto: Fernanda Carvalho/Fotos Publicas

A empresa Uber, do aplicativo que conecta motoristas particulares a passageiros, lançou mão de anúncios chamativos nas páginas dos principais jornais de São Paulo neste domingo (4) para pressionar o prefeito Fernando Haddad (PT) a vetar o projeto de lei que veta o serviço na cidade.

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O projeto foi aprovado em segunda votação na Câmara, sob forte pressão de taxistas, no dia 9 de setembro.

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Nos anúncios, a Uber avisa, em página inteira: “Prefeito Haddad: enviamos este e-mail hoje cedo para o senhor. Caso ainda não tenha lido, publicamos aqui também”. Em outra página, na sequência, a empresa reproduz a mensagem que diz ter encaminhado ao prefeito.

No e-mail há elogios à “coragem” de Haddad em implementar medidas como as ciclovias, a redução dos limites de velocidade em vias da capital e a expansão das faixas exclusivas de ônibus.

Em tom de ironia, afirma que “não seria por falta de coragem” que o prefeito proibiria o serviço do aplicativo.

Procurada, a assessoria de imprensa da prefeitura informou que Haddad não iria comentar os anúncios.

Regulamentação

Haddad já manifestou intenção de regulamentar o Uber. De acordo com interlocutores do prefeito, serão definidas regras para que não haja conflito de interesse entre os motoristas e os cerca de 30 mil táxis que circulam na cidade.

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Sem detalhar como seria a regulamentação, Haddad disse em Paris que deve-se buscar um caminho intermediário para evitar conflitos -taxistas fizeram vários protestos até que a Câmara aprovasse o veto a aplicativos como o Uber.

O projeto que está nas mãos do prefeito, embora proíba os aplicativos, tem uma emenda -sugerida pela prefeitura- que prevê estudos para eventual regulamentação.

Depois da fala em Paris, o prefeito disse que até esta semana criaria um “marco regulatório” sobre o transporte por aplicativos.

“A própria lei que foi aprovada na Câmara diz que nós não podemos desperdiçar a tecnologia. Não vamos desperdiçar, que é o que as pessoas querem, com razão”, disse Haddad.

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