Os calendários acadêmicos e os vestibulares da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade Estadual de Maringá (UEM) estão suspensos. As decisões foram deliberadas em reuniões dos conselhos das respectivas instituições nesta segunda-feira (25) e tem como base a greve das universidades públicas administradas pelo estado, que já dura mais de um mês. Apenas após uma definição sobre a greve é que será possível deliberar sobre como será a retomada das aulas e o novo cronograma de atividades.
No caso da UEL, a votação foi feita em uma reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da universidade. Foram 31 votos a favor e 3 contra pela suspensão do calendário acadêmico. A reunião durou quatro horas, e foi realizada em um auditório. A suspensão do vestibular começou a ser discutida por volta das 18h. A reitora Berenice Quinzani Jordão esclareceu que, até então, a única data definida pelo conselho era a do período de inscrição – que seria de 10 de agosto a 10 de setembro –, e que o cronograma do concurso ainda não estava definido pela Comissão Permanente de Seleção (COPESE) da Coordenadoria de Processos Seletivos (Cops).
Foi colocada em votação a suspensão da data pré-estabelecida para as inscrições. Além disso, foi sugerido que após o final do movimento de greve, o CEPE deliberará sobre um novo período e o calendário efetivo do concurso. A proposta foi aprovada com 32 votos favoráveis e uma abstenção.
Após a votação desta segunda-feira na UEL, a Comissão de Ética do Comando de Mobilização da greve deve decidir os impactos da suspensão das aulas sobre os residentes dos cursos de Medicina e Odontologia. Caso os serviços prestados pelos alunos em residência no Hospital Universitário e na Clínica Odontológica sejam considerados essenciais, as atividades continuam, independentemente da greve.
Já na UEM, a decisão foi unânime pela suspensão do vestibular de inverno – com inscrições abertas – e de todo o calendário acadêmico (incluindo os quatro cursos à distância). Sandra Ferrari, presidente da Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), explica que a decisão já era esperada. “É algo que já vinha sendo amadurecido. Foi optado pela a suspensão do calendário acadêmico e do vestibular para não ter prejuízos. Se alguém resolver dar aula, não se pode prejudicar o calendário de quem não está tendo aula.
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