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Tenente-coronel Mauro Rolim de Moura é responsável pelo comando dos cinco batalhões de PMs e quatro companhias no Norte do Paraná | Arquivo/AEN/Cabo Manoel Gomes
Tenente-coronel Mauro Rolim de Moura é responsável pelo comando dos cinco batalhões de PMs e quatro companhias no Norte do Paraná| Foto: Arquivo/AEN/Cabo Manoel Gomes

Um dia após o indiciamento do tenente-coronel Mauro Rolim de Moura pela Polícia Federal, a Polícia Militar (PM) concedeu férias à autoridade responsável pelo comando dos cinco batalhões de policiais militares e quatro companhias na região Norte do Paraná. Moura é um dos 17 indiciados na Operação Ferrari deflagrada na segunda-feira (15) em Londrina.

De acordo com a administração do 2.º Comando Regional, da qual Moura é o chefe do Estado-Maior, o pedido foi solicitado ainda na segunda-feira (15) e as férias começaram já nesta terça (16). No entanto, o período de folga não foi informado à reportagem.

Entre segunda e terça-feira, o JL tentou por diversas vezes contato com o tenente-coronel Mauro Rolim de Moura para comentar o indiciamento da PF. No entanto, o militar não foi localizado. O assessor de comunicação da PM, capitão Ricardo Eguedis, também não atendeu às ligações da reportagem. A reportagem também está tentando contato com a Secretaria de Estado e Segurança Pública (Sesp).

Moura teria laços sociais com traficantes presos pela PF

De acordo com fontes internas da PF, Moura não integra a quadrilha de traficantes desmantelada na Operação Ferrari. No entanto, o monitoramento de vigilância e as escutas telefônicas teriam revelado a amizade entre o oficial da PM e um dos quatro coordenadores do tráfico presos em Londrina na segunda-feira (15).

A suspeita é de que Moura frequentava residências e tinha laços sociais com um dos líderes do tráfico em Londrina. Na investigação, a PF descobriu que o amigo-traficante teria o costume de presentear o comandante.

O envolvimento de um membro do alto escalão da PM de Londrina com a apuração causou indignação nos policiais federais que participaram da Operação Ferrari.

Posição da PM

Em nota, a assessoria da Polícia Militar informou, na segunda-feira (15), que “tão logo sejam avaliadas as acusações que pesam contra o Oficial Superior, e que sustentaram o seu indiciamento, analisará a repercussão do fato no âmbito da corporação.” A PM confirmou que o depoimento de Moura na PF foi acompanhado pela Corregedoria-Geral do órgão.

Fontes do alto escalão da PM confirmaram, também, que Moura pode ser recolhido no quartel e deve responder a um procedimento administrativo para verificar as condições de permanência do oficial na corporação.

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