Separar o lixo pode fazer bem para o meio ambiente e também para o bolso. Com a gestão adequada dos resíduos, alguns condomínios de Curitiba conseguem reduzir despesas. É o caso do Castel di Bettega, no Portão. A montanha de lixo produzida pelos 592 apartamentos poderia representar um problema. Mas ao convencer os moradores a reduzirem a quantidade gerada, o síndico Ilderaldo Adamovicz promoveu economia de gastos.
Grandes geradores devem ficar atentos aos limites
Qualquer que seja o tamanho do condomínio, os moradores têm direito à coleta de lixo administrada pela prefeitura. Quem explica é Patrícia Brenner Lopes, diretora de Limpeza Pública da SMMA. Ela relata que a conta é feita a partir da quantidade de unidades residenciais. Cada casa ou apartamento tem direito à coleta de até 600 litros de resíduos sólidos por semana. A prefeitura faz fiscalizações periódicas para verificar esse limite. Quando ele é extrapolado, o morador precisa se responsabilizar pelo lixo.
Em caso de excesso, o responsável é notificado para regularizar a situação em 15 dias. Para grandes geradores, a coleta pública é cancelada. Aí, o morador precisa apresentar um plano de gerenciamento de resíduos. Segundo a prefeitura, cerca de 200 notificações foram feitas nos últimos quatro meses.
Cada apartamento precisaria pagar R$ 233 por ano referente à taxa de coleta de lixo, junto com o IPTU. O valor representaria um desembolso mensal de R$ 19,42 para cada unidade. Mas o condomínio decidiu pagar para que uma empresa recolha o lixo orgânico (ou seja, não são os caminhões da Cavo que levam os resíduos do condomínio). Como os moradores separam boa parte do que pode ser reciclado – e que é recolhido por uma cooperativa – o volume do lixo convencional é baixo, fazendo os condôminos gastarem menos do que pagariam pela taxa. Na média, o valor pago por apartamento com a coleta terceirizada é R$ 6 por mês.
O modelo foi implantado na gestão anterior à de Ilderaldo. Ele conta que foi solicitado à prefeitura o desconto no IPTU por causa da coleta terceirizada. São retirados diariamente cinco contêineres de lixo convencional. Convencer os moradores a gerarem menos resíduos é uma meta do Castel di Bettega. Além de impactar menos no planeta, a redução no volume representaria menos custos. Geralmente, a implantação de um modelo como esse exige a contratação de mais um funcionário.
O próximo passo é persuadir os moradores a entregar o lixo reciclável separado por tipo. Já selecionado, o material poderia ser vendido e gerar receita. Segundo Ilderaldo, que também trabalha na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, alguns condomínios conseguem pagar despesas a partir da receita com o lixo.
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