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Tragédia

Um mês após deslizamento no Bumba, filha não conseguiu enterrar a mãe

O deslizamento do Morro do Bumba, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio, completa um mês essa semana. Na tragédia, 45 pessoas morreram soterradas. E, até hoje, uma filha não conseguiu enterrar o corpo da própria mãe, que continua desaparecida em algum ponto dos escombros.

A auxiliar administrativa Ana Cláudia perdeu 14 parentes soterrados no Morro do Bumba, e vive o sofrimento de não ter conseguido encontrar a mãe, que ainda está desaparecida. "Minha mãe... Minha tristeza é tão grande. Minha dor maior é pelo fato de ter encontrado todo mundo, menos a minha mãe. Será que ela está no meio desse lixão?", indaga Ana Cláudia.

"Como disse para mim um bombeiro: ‘Você aguarde e peça a Deus para sua mãe estar naqueles escombros, porque, se ela não estiver ali, não tem mais como achá-la'. Ele limpou tudo e falou assim para mim: ‘Filha, vai para casa descansar. Aqui ela não está’", contou ela. "Isso aqui, o Morro do Bumba, para mim, morreu", finalizou

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