Uma semana depois da chacina que deixou 18 mortos na Grande SP, familiares e amigos das vítimas organizaram na noite desta quinta (20) uma cerimônia religiosa em frente ao bar onde aconteceu a maioria dos assassinatos, em Osasco.
Flores, velas e faixas com os nomes das vítimas e frases pedindo paz foram colocadas na porta do estabelecimento.
“Queria estar mais tranquilo, mas é difícil. Agora é reabrir o bar e tentar tocar a vida”, disse Juvenal de Sousa, dono do local e irmão de Thiago Teixeira de Sousa, 19, morto na chacina.
O evento contou com um padre, um pastor e um representante do candomblé, que puxaram orações e chamaram os mortos pelos nomes.
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Às 19h, os moradores fecharam o trânsito e ocuparam a rua. Por volta das 19h40, cerca de 100 pessoas fizeram uma caminhada ao redor da avenida Diretriz, próxima ao bar, sob uma fina garoa.
Boa parte dos presentes era amiga de Fernando Luiz de Paula, uma das vítimas,
“Ele era assim, tinha amigo em tudo quanto é lugar”, lembra a mãe, Zilda Maria de Paula. “Vou seguir minha vida e esperar que seja feita justiça.”
A amiga de Fernando Valéria Sepriano, 30, afirma que o medo toma conta dos moradores do local. “Tenho uma filha de seis meses, é isso aqui que quero para ela?”
Movimentos como o Mães de Maio e a União da Juventude Socialista ajudaram na organização, levando faixas e acionando a prefeitura para fechar a rua.
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