Policiais que investigam as mortes em série na Grande São Paulo revistaram os armários de agentes da Guarda Civil Municipal de Barueri (GCM), na tarde desta quarta-feira (19).
A GCM não informou se algum material foi apreendido pelos investigadores do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Ao menos 18 pessoas morreram e seis ficaram feridas nas cidades de Osasco e Barueri, em um intervalo de aproximadamente três horas. Os crimes ocorreram no último dia 13, dentro de um raio de 10 km.
O número de mortos e feridos foi confirmado pelo secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes. Inicialmente, a PM havia informado um total de 20 mortes, sendo corrigida pelo secretário em seguida. Posteriormente, também foi descartada relação entre uma morte de Itapevi com os demais crimes.
Segundo o secretário, foram 15 mortos em Osasco e três em Barueri. “Não descartamos nenhuma hipótese”, disse o secretário, que indicou que uma das linhas de investigação é a participação de policiais, após recentes mortes de um PM e de um guarda civil metropolitano na região dos assassinatos.
Dos 18 homens assassinados, apenas seis tinham antecedentes criminais.
O secretário está acompanhando diretamente o caso. Segundo ele, a atuação de policiais é apenas uma das linhas de investigação.
Cápsulas de três diferentes calibres de armas foram encontradas próximas aos corpos das vítimas: 9 mm (de uso das Forças Armadas) e 38 e 380, de uso de guardas civis metropolitanos.
As ações foram semelhantes. Homens encapuzados estacionaram um carro, desembarcaram e dispararam vários tiros contra as vítimas. Em alguns locais dos crimes, testemunhas disseram que os assassinos perguntaram por antecedentes criminais, o que definia vida ou morte das pessoas.
Segundo a Secretaria da Segurança Pública, após apurar as características dos carros usados pelos criminosos, ao menos dois grupos participaram dos assassinatos -homens em uma moto e em um Peugeot prata em Osasco e em um Renault Sandero prata em Barueri.
O governo ainda não afirma se as 15 mortes em Osasco têm relação com as três de Barueri. Os horários dos crimes e o modus operandi indicam atuação em conjunto.