Fiocruz: mais qualidade no sangue| Foto: Marcelo Elias/Gazeta do Povo

A unidade técnico-científica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Paraná e a Planta de Insumos para Diagnóstico em Saúde inauguradas ontem devem ajudar o país a melhorar a qualidade do sangue usado nas transfusões feitas no país. Foram investidos R$ 15 milhões em obras e equipamentos. A inauguração ocorreu on­­tem, com a presença do ministro da Saúde, José Gomes Tem­porão, do governador Roberto Requião e do secretário da Saúde Gilberto Martin.

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As novas unidades, localizadas junto ao Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar), na CIC, serão responsáveis pela produção de reagentes necessários para exames mais modernos de aids e hepatite C. Os exames são capazes de detectar os vírus em uma janela imunológica menor. Isso quer dizer que será possível detectar a contaminação mais cedo.

De acordo com a Fiocruz, os exames que serão feitos no Paraná diminuem a janela imunológica do HIV (vírus da aids) para oito dias e do HCV (hepatite C) para 14 dias. Hoje, os exames utilizados no Brasil trabalham com uma janela imunológica de 21 dias para o HIV e 72 dias para o HCV. "Não chegamos à perfeição, mas vamos conseguir melhorar a qualidade do sangue brasileiro", afirma o diretor científico de desenvolvimento tecnológico da Planta de Produção de Insumos, Marco Aurélio Krieger.

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A produção de insumos, por meio de uma tecnologia nacional, para o exame do vírus da gripe A (H1N1) também está nos planos das novas unidades. Os pesquisadores estão avaliando a sensibilidade e a especificidade dos reativos. Se os resultados forem satisfatórios, os kits de diagnóstico fornecidos pela Organização Mundial de Saúde poderão ser substituídos por similares nacionais.

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