Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) vão estudar a partir do segundo semestre deste ano a resposta de uma substância derivada da maconha em crianças e adolescentes que sofrem com epilepsia refratária. A pesquisa será realizada com 120 pacientes no Centro de Pesquisas em Canabidiol, que passará a funcionar na Faculdade de Medicina da Universidade.
Esse será o primeiro centro de pesquisas em canabidiol do Brasil e vai funcionar em uma ampliação do prédio de saúde mental da universidade. O experimento será realizado em pacientes com epilepsia refratária, ou seja, quando medicamentos tradicionais não fazem efeitos.
Nessa pesquisa, o novo centro terá uma ala destinada à pesquisa básica de laboratórios e outra voltada à pesquisa clínica, com os pacientes e voluntários.
Uso do canabidiol
O uso do canabidiol tem apresentado bons resultados em tratamentos de pacientes com esquizofrenia, doença de Parkinson e epilepsia, além de ter se mostrado eficaz na redução de sintomas psicóticos em pacientes com doenças mentais.
O professor Antonio Waldo Zuardi, coordenador do novo centro, estuda a substância desde 1976, durante o doutorado que fez na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em 1982, Zuardi passou a realizar as pesquisas na USP.
Sem registro
A substância, porém, ainda não está registrada no país, pois não teve a sua segurança e eficácia comprovadas pela vigilância sanitária brasileira. Para isso, os pesquisadores da USP vão usar o centro para testar a substância e, futuramente, disponibilizá-la para a população.
Em março de 2016, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a prescrição médica e a importação de medicamentos com canabidiol e tetrahidrocannabinol (THC) por pessoa física.
Decisão judicial
Em setembro do ano passado, a Justiça Federal determinou que a União e o estado do Paraná forneçam gratuitamente um remédio à base de canabidiol para uma criança epilética de Foz do Iguaçu.
O médico da família atestou que havia relatos de sucesso na literatura médica sobre o uso de canabidiol para o tipo específico de epilepsia da criança, chamada de “refratária”, e recomendou o medicamento. A família também buscou o acompanhamento do ambulatório Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto, que é referência nacional neste tipo de tratamento.
Quem são os jovens expoentes da direita que devem se fortalecer nos próximos anos
Frases da Semana: “Kamala ganhando as eleições é mais seguro para fortalecer a democracia”
Iraque pode permitir que homens se casem com meninas de nove anos
TV estatal russa exibe fotos de Melania Trump nua em horário nobre
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora
Deixe sua opinião