Cerca de 20 pessoas participam neste sábado (4) de um ato de apoio ao juiz federal Sergio Moro, em Curitiba. O ato ocorre em frente à Justiça Federal, local de trabalho do magistrado que conduz as investigações da Operação Lava Jato em primeira instância. A concentração começou por volta das 15 horas.
Além do apoio a Sergio Moro, os manifestantes também pedem o fim do foro privilegiado e o resgate do projeto original das “Dez Medidas Contra a Corrupção”, proposto pelo Ministério Público Federal (MPF) e que foi desfigurado pela Câmara dos Deputados no ano passado.
Os manifestantes também criticam a escolha dos presidentes da Câmara e do Senado nas eleições que ocorreram nessa semana. Tanto o presidente eleita na Câmara, Rodrigo Maia (DEM), quanto do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), são citados em depoimentos de colaboração premiada de executivos da Odebrecht.
Como funciona o sorteio que definiu Fachin como relator da Lava Jato?
Leia a matéria completa“Foi um tapa na cara do povo”, disse Narli Resende, uma das organizadoras do ato, em relação as eleições no Congresso. “O foco é a Operação Lava Jato, o Sergio Moro, o fim do foro privilegiado”, explica a organizadora do protesto.
“Hoje é um ato de volta as atividades de 2017. Estamos aqui apoiando a Lava Jato”, disse a coordenadora do Acampamento da Lava Jato Paula Milani.
“Estamos na rua para pressionar os políticos. Eles não vão fazer o que querem em Brasília”, disse o coordenador do movimento Curitiba Contra a Corrupção Cristiano Roger. O grupo pede a punição de todos os envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras.
Justiça Federal
O local do ato foi escolhido por ser onde trabalha o juiz federal Sergio Moro, segundo Narli. “A gente vai ficar aqui porque é a casa deles [da força-tarefa]”, alegou.
Na última manifestação, no início de dezembro, cerca de 50 mil pessoas estiveram presentes, de acordo com a organização. Os manifestantes pediam, principalmente, a saída de Renan Calheiros (PMDB) da presidência do Senado.
A manifestação desse sábado foi organizada pelos grupos Curitiba Contra a Corrupção e Acampamento da Justiça Federal, com o apoio dos grupos UFPR Livre e Intervencionistas. O último defende uma “intervenção militar constitucional”.
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