Os médico-residentes não são os únicos insatisfeitos com seus rendimentos no Brasil. Existem movimentos de profissionais da saúde que reivindicam melhores honorários tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) como nos planos de saúde particulares. No último dia 30, a Associação Médica Brasileira (AMB), o Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) redigiram uma carta à nação em que clamam por melhores condições de trabalho e mais investimentos públicos em saúde.
No Paraná, a Comissão Estadual de Honorários Médicos (CEHM) pede, entre outras coisas, um aumento do valor pago pelos planos de saúde pelas consultas médicas, em torno de R$ 42. A comissão é formada pela Associação Médica do Paraná (AMP), o Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) e o Sindicato dos Médicos no Estado do Paraná (Simepar) e se reúne semanalmente para discutir os problemas.
Segundo a CEHM, o valor da consulta médica está estagnado há seis anos. "Se um médico que recebe R$ 42 realiza 170 consultas por mês, somando os custos para manter seu consultório, sobram de rendimento R$ 5,75 por consulta", diz o presidente da CEHM e da AMP, José Fernando Macedo. Para ele, a estagnação não condiz com os sucessivos aumentos autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os planos de saúde. Em dez anos, o valor cobrado do usuário subiu 132%.
Segundo Macedo, um grande número de planos paga procedimentos médicos de acordo com uma tabela de 1992. "A ANS não está cumprindo o papel para o qual foi criada, de auxiliar no relacionamento de operadora com médicos e a população", diz. Em comunicado, a agência esclareceu que iniciou em 2010 um grupo de trabalho sobre honorários médicos que pretende "debater critérios de reajuste dos valores dos serviços prestados de forma a manter o equilíbrio econômico-financeiro dos prestadores de serviço e contratantes".
Procurada pela reportagem, a Associação Brasileira de Medicina de Grupo do Paraná e de Santa Catarina (Abramge PR/SC) não emitiu parecer sobre o assunto.
Cirurgia
A ameaça de boicote às cirurgias cardiovasculares no Brasil não deve afetar os procedimentos no Paraná, que é o segundo estado em número de operações desse tipo. Na semana passada, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV) lançou uma campanha para que seus associados deixem de operar pelo SUS alegando que o valor pago por procedimento é baixo.
Segundo o presidente da Sociedade Paranaense de Cirurgia Cardiovascular, Leonardo Andrade Mulinari, há uma negociação em andamento há um ano junto às esferas municipais e estaduais para rediscutir a questão da remuneração.
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