Um ato de vandalismo deixou 85 mil residências sem energia elétrica em Curitiba, entre a noite de terça (24) e a madrugada de quarta-feira (25). A Copel informou que 37 chaves do sistema de distribuição foram atingidas. As interrupções no fornecimento começaram às 18h30 e se repetiram por diferentes locais da cidade até as 2h. Por este motivo, a Companhia de Energia Elétrica do Paraná (Copel) pediu para os funcionários em greve retornarem ao trabalho.
Os equipamentos da rede elétrica são protegidos e de difícil manipulação. Segundo a Copel, eles foram manipulados por pessoas com muito conhecimento sobre a operação do sistema, desligando consumidores de propósito e alterando a configuração habitual dos fluxos de energia. Em nota publicada na Agência Estadual de Notícias, a empresa classificou o ato como criminoso.
A greve dos eletricistas da Copel, que poderia ter terminado nesta quarta-feira, vai se estender por tempo indeterminado. Em reunião com os 12 sindicatos que representam a categoria, a empresa anunciou que estão suspensas as negociações até que todos os funcionários voltem ao trabalho.
O presidente da companhia Rubens Ghilardi disse, em nota, que a empresa nunca se negou a dialogar com seus empregados. "Mas os atos criminosos praticados ultrapassam os limites do bom senso e nos impõem exigir da categoria, como condição essencial para retomar qualquer negociação, a imediata suspensão da greve como precaução para evitar transtornos aos consumidores", declara Ghilardi. O presidente afirma ainda que "com tal atitude, cuja responsabilidade já está sendo investigada, o movimento dos eletricistas deixa de ter caráter de reivindicação ou de protesto para se transformar num caso de segurança pública".
O presidente do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (Sindenel) Vilmar Alves disse que a categoria não teria nada a ganhar provocando os desligamentos. Para ele, o ato teve a clara intenção de atrapalhar as negociações. "Este ato não traria nenhum beneficio à categoria. Tem que ver quem ganharia com isso", disse.
Os eletricistas entraram em greve, iniciada no dia 18, porque a categoria teve uma perda salarial na função de motorista, também exercida por eles. A greve tem adesão de cidades como Curitiba, Londrina, Apucarana, Umuarama, Medianeira, Foz do Iguaçu, São José dos Pinhais, Pinhais e Fazenda Rio Grande. O sindicato da categoria estima que 70% dos eletricistas estejam paralisados.
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