Vândalos invadiram uma escola pública em Cambé, perto de Londrina, no Norte do estado, e colocaram fogo em três salas de aula na noite de domingo (7). De acordo com o telejornal Paraná TV 1ª edição, os cerca de 750 alunos do colégio foram dispensados das aulas nesta segunda-feira (8).
O estudante Lucas Mateus ficou revoltado. "Acho um absurso. Para quê fazer isso? Venha para estudar, não para ficar quebrando a escola", reclamou ao Paraná TV. O vigia Lauro Alves da Silva contou que na noite de domingo, dois rapazes pularam o muro da escola. Com medo, ele foi até um orelhão, que fica do lado de fora, para chamar a polícia. "Quando eu estava no orelhão, eu já vi a fumaça. Aí eu pedi para o pessoal do 190 acionar os bombeiros", disse.
O incêndio começou nas cortinas, que foram puxadas para fora das janelas. Os rapazes teriam ainda tentado atear fogo em uma quarta sala. O vigia, que trabalha há oito anos no local, contou que problemas com vândalos são bastante comuns. "Sempre tem alguém que é mais ousado, que usa drogas, que pula para dentro, sempre xingando a gente", afirmou.
Nas três salas estudam 180 alunos da rede municipal, de manhã e à tarde. A partir de terça-feira (9), eles devem ter aulas na biblioteca, no laboratório de informática e em salas de catequese de uma igreja próxima. "Estou arrasada. Temos crianças de cinco aninhos, sempre estamos ensinando o melhor, para hoje eles chegarem aqui e verem essa situação. É muito triste, muito triste mesmo", disse Solange Bernardi, diretora da escola.
A ação dos vândalos não prejudicou só quem estuda e trabalha na escola. De acordo com a secretaria de educação de Cambé, para recuperar as três salas, será preciso derrubar tudo e começar do zero. As obras de reconstrução devem custar mais de R$ 200 mil, um dinheiro que já estava reservado para a reforma de outra escola do município, onde estudam 300 alunos.
"O sonho era terminar essa administração e entregar uma educação com qualidade melhor, com estrutura física", lamentou, emocionada, a secretária municipal de educação Cleusa Forestieri.
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