Especial Oscar Niemeyer
Gênio, ousado, futurista, comunista, ateu, boêmio, boa-gente, humilde, arrojado, militante... Adjetivos não faltam para descrever uma das personalidades mais marcantes da cultura brasileira e mundial do século 20. Oscar Niemeyer, 104 anos, deixou a arquitetura orfã ontem ao fechar os olhos para sempre. Permanecem o impressionante legado e uma legião de admiradores, do mais simples cidadão brasileiro até a presidente da nação.
Confira o Especial Oscar Niemeyer:
Para além da política, um obcecado pelo traço
"Único no quesito chamar a atenção"
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MON organiza visitas para relembrar a vida e a obra de Oscar Niemeyer
O Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, vai realizar cinco visitas guiadas pelo espaço para relembrar a vida e a obra de Oscar Niemeyer, arquiteto falecido na noite desta quarta-feira (5) e que projetou o local. De acordo com a assessoria de imprensa do MON as visitas acontecerão nesta quinta-feira (6) e na sexta-feira (7).
Cronologia
15.dez.1907 - Nasce no Rio
1928 - Casa-se com Annita Baldo, filha de imigrantes italianos, e conclui o curso secundário
1934 - Forma-se em arquitetura pela Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro
1935 - Começa a trabalhar no escritório de Lucio Costa
1945 - Filia-se ao Partido Comunista Brasileiro
1956 - Organiza o concurso para escolha do Plano Piloto de Brasília, vencido por Lucio Costa
1963 - Recebe o Prêmio Lênin Internacional da Paz
1983 - Projeta o Sambódromo, no Rio
2007 - Completa 100 anos, recebendo, entre outros títulos, a Ordem da Amizade, do governo da Rússia, e a Ordem Nacional da Legião da Honra, da França
5.dez.2012 - Morre no Hospital Samaritano, no Rio.
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Os portões do Palácio da Cidade, em Botafogo, na zona sul do Rio, onde é velado o corpo do arquiteto Oscar Niemeyer, foram fechados às 15h para o público. Neste momento, o cerimonial da sede da prefeitura carioca aguarda a saída dos que ainda prestam a última homenagem a Niemeyer para dar início a um culto religioso, restrito aos parentes do arquiteto e autoridades.
O carro aberto do Corpo de Bombeiros que conduzirá o corpo do arquiteto ao Cemitério São João Batista, também em Botafogo, já chegou ao Palácio da Cidade. Ao longo da tarde de forte calor no Rio de Janeiro, diminuiu o movimento de pessoas que foram ao velório de Niemeyer, falecido na noite de quarta-feira (5), aos 104 anos.
Veja imagens do velório em Brasília e no Rio
Relembre as obras de Oscar Niemeyer
Durante a manhã, estiveram no local muitos parentes, amigos, admiradores e políticos, entre eles os governadores do Rio, Sergio Cabral, e de Minas Gerais, Antonio Anastasia, os prefeitos do Rio, Eduardo Paes, e de Belo Horizonte, Marcio Lacerda, a viúva de Luís Carlos Prestes, Maria, e o filho mais velho do líder comunista, Luís Carlos Prestes Filho, o arquiteto e urbanista Jaime Lerner, e Maria Estela Kubitschek, filha mais nova do presidente Juscelino Kubitschek, o grande impulsionador da carreira de Oscar Niemeyer.
O enterro está previsto para as 17h30, em cerimônia reservada no mausoléu da família Niemeyer, no Cemitério São João Batista. No local, também está sepultada a filha do arquiteto, Anna Maria, falecida em junho passado, aos 82 anos.
O velório do arquiteto Oscar Niemeyer no Rio foi aberto ao público com atraso, por volta das 8h30 desta sexta-feira (7), no Palácio da Cidade, em Botafogo, zona sul do Rio de Janeiro. Durante a noite e início da manhã, apenas parentes e amigos próximos tiveram acesso ao local. O corpo retornou de Brasília, onde foi velado no Palácio do Planalto, logo depois das 22 horas de quinta-feira (6), em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).
Na chegada ao palácio carioca, o corpo foi recebido pela viúva, Vera, e pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer, sobrinho do arquiteto. Eles não falaram com a imprensa.
O neto de Niemeyer, Carlos Oscar Niemeyer Magalhães, que trabalhou durante 13 anos no escritório do arquiteto, disse que a família ficou muito emocionada com o carinho das pessoas durante o velório em Brasília. Segundo ele, o avô lhe ensinou importantes lições de vida.
"Ele sempre dizia três coisa para a gente. A vida é um segundo, vamos viver a vida bem vivida, com os amigos e com a família. O mundo é injusto, temos que modificá-lo e fazer aquilo que a gente puder fazer de melhor para ajudar a corrigir as desigualdades sociais. E a outra coisa que ele dizia é que a palavra mais bonita é solidariedade."
Como administrador do escritório do avô, Carlos contou que nem sempre era fácil gerir as finanças: "Como comunista, a ligação dele com o dinheiro era nenhuma."
O neto justificou a escolha da família em fazer o enterro no Rio pelo amor que ele tinha pela cidade. "Ele era apaixonado pelo Rio de Janeiro, apesar de ter projetado Brasília e gostar muito de lá. Mas o Rio era a cidade dele."
Várias personalidades prestaram uma última homenagem ao arquiteto nesta sexta. O governador do Rio, Sergio Cabral; o prefeito da cidade, Eduardo Paes e o vice-governador do estado, Luiz Fernando Pezão, chegaram cedo ao Palácio da Cidade. Também compareceram o governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia; o prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda; e de Maristela Kubitschek, filha mais nova do ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek, que ergueu Brasília com os traços do arquiteto.
Outra presença ilustre foi do arquiteto e urbanista Jaime Lerner. "Foi um grande homem do seu tempo. É um homem cuja grandeza ultrapassou até a arquitetura. Foi um homem generoso. O maior arquiteto do mundo", disse ele.
Também prestaram homenagem ao arquiteto a viúva e o filho de Luís Carlos Prestes. Maria e Luís Carlos Prestes Filho puseram uma bandeira do movimento comunista sobre o caixão do arquiteto.
Entre as homenagens prestadas a Niemeyer foram destaque as coroas de flores enviadas pelo ex-líder cubano Fidel Castro e seu irmão, Raul, atual mandatário cubano.
O velório aberto ao público está previsto para ocorrer até as 15 horas. Em seguida, será rezada uma missa para os parentes e amigos. O enterro de Niemeyer está marcado para 17 horas, no Cemitério São João Batista, em Botafogo.
Público se emociona em Brasília
Com lágrimas, cartazes e gestos, o público brasiliense procurou demonstrar a admiração pelo gênio da arquitetura. A estudante de arquitetura Luiza Solano, 21 anos, não segurou o choro. Nas mãos, um cartaz com uma frase dita por Niemeyer: "A gente tem que sonhar, se não as coisas não acontecem".
"É uma perda profissional e artística muito grande. Foi o talento dele que fez eu tomar a decisão de seguir a mesma profissão. Ele se foi, mas não morre no coração de cada arquiteto que o admirou pelo seu legado artístico", comentou.
A geógrafa Rosemaria Godinho saiu de Montes Claros (MG) e enfrentou cerca de 700 quilômetros de estrada para se despedir do arquiteto. "Vale a pena enfrentar sol, espera e distância para dar o último adeus a Oscar Niemeyer que deixou obras no Brasil e no mundo", disse. A fã espera ainda que os novos profissionais da área continuem o legado do "mestre Niemeyer". "Espero que novos arquitetos continuem sua obra", acrescentou.
Durante a cerimônia, duas presenças foram mais notadas que as demais. A primeira foi de um grupo de manifestantes que protestou contra mudanças propostas pelo governo do Distrito Federal e que, segundo eles, podem descaracterizar Brasília.
A segunda foi a homenagem de militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que leram uma carta e cantaram uma música do movimento em torno do caixão do arquiteto.
Depois de três horas de velório, o caixão com o corpo de Niemeyer deixou o Palácio do Planalto. Coberto com a bandeira do Brasil, o esquife desceu a rampa carregado por cadetes do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, às 19h30. O corpo saiu em cortejo em direção à Base Aérea de Brasília, às 19h45, de onde seguiu para o Rio. O enterro ocorrerá no Cemitério São João Batista, às 17 horas.
De acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto e da Polícia Militar, 3,8 mil pessoas passaram pelo local durante as três horas de velório em Brasília. O caixão chegou às 15h45, e a entrada do público foi liberada às 16h40.
Ainda de acordo com o Planalto, o fim do velório foi antecipado a pedido da família de Niemeyer. Os parentes do arquiteto alegaram problemas de limitação de horário para o pouso do avião no Rio de Janeiro. A presidente Dilma Rousseff não acompanhou a saída do caixão, mas se despediu da família.
As pessoas que não conseguiram chegar a tempo do velório aplaudiram quando o corpo de Niemeyer deixou o palácio. Enquanto o caixão era posto no caminhão do Corpo de Bombeiros, eles cantaram o Hino Nacional. O trânsito na via que passa em frente ao Palácio do Planalto ficou interditado por cerca de 25 minutos, provocando congestionamento no local.
Morte
Oscar Niemeyer, principal nome da arquitetura no Brasil, morreu às 21h55 desta quarta-feira (5), aos 104 anos, no Rio de Janeiro. Ele estava internado no Hospital Samaritano, em Botafogo desde 2 de novembro. Inicialmente vítima de desidratação, o arquiteto também teve problemas nos rins e era submetido a hemodiálise, além de fisioterapia respiratória.
Na manhã desta quarta, Niemeyer sofreu uma parada cardíaca e sua respiração passou a ser mantida por aparelhos. A família do arquiteto ainda não se manifestou. O arquiteto completaria 105 anos no próximo dia 15. Niemeyer estava ao lado da mulher, Vera Lúcia, 67, e de sobrinhos e netos no momento da morte. Cerca de dez pessoas o acompanhavam em seu quarto.
Em outubro, ele havia ficado duas semanas no hospital também por causa de uma desidratação. Em maio, o teve pneumonia e chegou a ficar internado na UTI. Recebeu alta depois de 16 dias. Em abril de 2011, foi submetido a cirurgias para a retirada da vesícula e de um tumor no intestino. Na ocasião, ele ficou internado por 12 dias por causa de uma infecção urinária.
Niemeyer deixa a mulher, Vera Lúcia, 67, com quem se casou em 2006. Deixa ainda quatro trinetos, 13 bisnetos e quatro netos, filhos de Anna Maria --sua única filha, morta em junho deste ano aos 82--, fruto de seu casamento com Anita Baldo, de quem ficou viúvo em 2004.
Luto
A presidente Dilma Rousseff divulgou nota nesta quarta-feira (5) na qual lamenta a morte do arquiteto. "O Brasil perdeu hoje um dos seus gênios. É dia de chorar sua morte. É dia de saudar sua vida", escreveu a presidente da República.
Outra nota de pesar foi divulgada peloex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta quinta. "Juntamo-nos a todo o Brasil no luto pela morte do arquiteto Oscar Niemeyer. Ele se vai, mas ficará sempre entre nós, presente nas linhas dos edifícios que plantou no Brasil e em todo o mundo", afirmou em nota publicada pela Instituição Lula.
"A monumental Brasília, onde deixou a marca de sua arte e concentrou seus sonhos de uma cidade que pudesse abrigar com carinho e conforto pobres e ricos, homens comuns e poderosos, será sempre a expressão máxima de sua genialidade e de sua generosidade", completou o ex-presidente.
"Oscar Niemeyer foi o maior arquiteto do Brasil. Um gênio da arquitetura mundial. Doce no trato, firme nas suas convicções e amado pelo povo brasileiro", declarou Sérgio Cabral, governador do Rio em nota. Ele decretou luto oficial de três dias no estado.
O governador Beto Richa também decretou luto oficial de três dias no Paraná. "Oscar Niemeyer foi a expressão mais genial da arquitetura brasileira e um homem sensível, que usou seu talento para engrandecer a humanidade. A obra de Niemeyer tem a exata dimensão da sua genialidade. Saúdo a vida e a grande contribuição que ele deu ao Brasil e ao mundo", disse Richa, nesta quinta-feira, em entrevista à Agência Estadual de Notícias, órgão oficial de comunicação do governo estadual.
Além desses, o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), decretou luto oficial de sete dias em memória de Oscar Niemeyer.
Biografia
Oscar Niemeyer nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 1907, mesmo ano em que a cidade recebeu o sistema de luz elétrica. Em 1928, ele se casa com Annita Baldo, filha de imigrantes italianos, com quem ficou casado por 76 anos, até o falecimento dela em 2004. A filha do casal, a designer e marchand Anna Maria Niemeyer, faleceu em junho deste ano, aos 82 anos. Desde 2006, quando tinha 98 anos, o arquiteto é casado com a sua secretária Vera Lúcia Cabreira.
Um ano depois de se casar pela primeira vez (1929), Niemeyer passa a integrar a Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, que, dois anos mais tarde, começou a ser dirigida pelo arquiteto Lúcio Costa. Em 1932, ele passa a atuar profissionalmente no escritório de Costa. Os dois participariam juntos, nos anos 1950, do planejamento da nova capital federal, Brasília, a convite do então presidente da República Juscelino Kubitschek.
Dentre as obras mais célebres assinadas pelo arquiteto carioca estão a sede do Ministério da Educação e Saúde, o antigo MES (1936), quando a capital federal ainda era o Rio de Janeiro, a Igreja da Pampulha (Belo Horizonte 1940), a sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova Iorque (1947), o Edifício Copan (São Paulo 1951), o Palácio do Planalto (Brasília 1958), a sede do Partido Comunista Francês (Paris 1964), o Sambódromo da Marquês de Sapucaí (Rio de Janeiro 1984) e o Museu de Arte Contemporânea (Niterói RJ 1996).
Em 1945, filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) e sempre deixou claro seu alinhamento com o pensamento de Karl Marx. No ano de 1956, idealiza o cenário da peça teatral Orfeu da Conceição, de autoria de Vinícius de Moraes.
Durante a Ditadura Militar, morou em Paris, onde chegou a montar um escritório em 1972. Ao longo de sua vida, recebeu diversas condecorações em reconhecimento pelo seu trabalho, como o Prêmio Imperial da Associação de Arte do Japão (2004).
Carioca
Nascido no bairro de Laranjeiras, no Rio, Oscar Niemeyer se formou em arquitetura e engenharia na Escola Nacional de Belas Artes em 1934. Em seguida, trabalhou no escritório dos arquitetos Lúcio Costa e Carlos Leão, onde integrou a equipe do projeto do Ministério da Educação e Saúde.
Por indicação de Juscelino Kubitschek (1902-1976), então prefeito de Belo Horizonte, Niemeyer projetou, no início dos anos 1940, o Conjunto da Pampulha, que se tornaria uma de suas obras brasileiras mais conhecidas.
Em 1945, o arquiteto ingressou no Partido Comunista Brasileiro (PCB), entrando em contato com Luiz Carlos Prestes e outros políticos. Ao longo das décadas, travou amizades com diversos líderes socialistas ao redor do planeta, viajando constantemente à União Soviética --conjunto de países comunistas liderado pela Rússia-- e a Cuba.
Em 1947, Niemeyer fez parte da comissão de arquitetos que definiria o projeto da sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. A proposta elaborada por Niemeyer com o franco-suíço Le Corbusier serviu de base para a construção do prédio, inaugurado em 1952.Durante os anos 50, projetou obras como o edifício Copan e o parque Ibirapuera, ambos em São Paulo, além de comandar o Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Novacap, responsável pela construção de Brasília.
Ao lado de Lúcio Costa, ajudou a dar forma à nova capital, concebendo edifícios como o Palácio da Alvorada e o Congresso Nacional. Inaugurada em abril de 1960, Brasília transformou a paisagem natural do Brasil central em um dos marcos da arquitetura moderna.
Impedido de trabalhar no Brasil pela ditadura militar, Niemeyer se mudou em 1966 para Paris, onde abriu um escritório de arquitetura. Projetou a sede do Partido Comunista Francês, fez o Centro Cultural Le Havre, atualmente Le Volcan, realizou obras na Argélia, na Itália e em Portugal.
Após a anistia, retornou ao Brasil, no início dos anos 1980. No Rio, projetou os CIEPs (Centros Integrados de Educação Pública, apelidados de "brizolões") e o Sambódromo, durante o primeiro governo de Leonel Brizola no Estado (1983-1987).Em 1988, Niemeyer se tornou o primeiro brasileiro vencedor do prêmio Pritzker --o Oscar da arquitetura. Depois dele, Paulo Mendes da Rocha recebeu a honraria, em 2006. Ainda em 1988, Niemeyer elaborou o projeto do Memorial da América Latina, em São Paulo.
Nos anos 1990 e 2000, a produção de Niemeyer continou em alta, com a inauguração do Museu de Arte Contemporânea de Niterói (RJ), o Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, e o Auditório Ibirapuera, dentro do parque, em São Paulo.
Em 2003, exibiu sua versão de um pavilhão de exposições na tradicional galeria londrina Serpentine --que todo ano constrói um anexo temporário.Em 2007, projetou o Centro Cultural de Avilés, sua primeira obra na Espanha, construída durante três anos ao custo de R$ 100 milhões. Inaugurado em março de 2011, o Centro Cultural Internacional Oscar Niemeyer foi fechado após nove meses, em meio ao agravamento da crise econômica, desentendimentos entre o governo local e a administração do complexo no dia do aniversário de 104 anos de Niemeyer. Em meados de 2012, no entando, o centro foi reaberto.
Mais de 60 anos após a realização do Conjunto da Pampulha, o arquiteto voltou a assinar um projeto de grande porte em Minas Gerais em 2010, com a inauguração da Cidade Administrativa do governo do Estado, na Grande Belo Horizonte.Atualmente, em Santos, está em execução o projeto de Niemeyer para o museu Pelé. A previsão é que a obra seja concluída em dezembro de 2012.
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