Veranista tem de correr para se hospedar
Os veranistas que pretendem passar o Carnaval nas praias devem se apressar. Dos cerca de 2 mil imóveis disponíveis para locação, restam aproximadamente 400 (20%), segundo o Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi).
A 13 dias do início dos desfiles de carnaval, que acontecem nos dias 5 e 6 de março em Antonina e Paranaguá, os integrantes das escolas de samba e blocos de rua das duas cidades litorâneas correm contra o tempo. Para promover as festas de Momo mais famosas do Paraná, o trabalho é intenso.
O trabalhador autônomo Sérgio Salgado de Oliveira, de Antonina, é um dos moradores que nessa época do ano arranja forças extras para ajudar na produção da festa e, não raro, para trabalhar na confecção das alegorias até quase o dia amanhecer. Artesão e um dos integrantes da bateria da escola de samba Filhos da Capela, ele adiantou o serviço na última semana para poder se dedicar com exclusividade às tarefas na escola. "É quase um mês de muito serviço para 40 minutos de desfile. Mas o esforço compensa", diz Salgado.
Nos ensaios abertos ao público, os integrantes de cada escola de Antonina se uniram para vender cerveja e refrigerante e ajudar a engordar o caixa de R$ 8 mil que cada escola recebeu da prefeitura. "É umas das formas que encontramos de juntar uma graninha a mais", diz Gicelda Machado Passos, presidente da Filhos da Capela há dois anos.
Outra demonstração de esforço está em ceder a própria casa para que as produções sejam feitas. Como grande parte das escolas de samba de Antonina e Paranaguá não tem barracão próprio para confecção das fantasias, construção dos carros alegóricos e ensaios, o jeito é usar a própria garagem e deixar o carro na rua para dar espaço às fantasias.
A escola Acadêmicos do Litoral que chega a atrair 30 mil pessoas por dia na avenida -, está com 90% do desfile pronto e recebeu R$ 20 mil da prefeitura em duas vezes. A última parcela ajudou a pagar contas e a decorar os carros alegóricos, que demoram em média uma semana para terem a estrutura e decoração prontas.
A construção é feita na casa da presidente Milene Rosa Gomes, 60 anos. Veteraníssima da folia parnanguara, com 38 anos na presidência da Acadêmicos do Litoral, Milene não reclama do sacrifício. "Muita gente quer que eu pendure as chuteiras. Mas só vou fazer isso até quando Deus me levar", enfatiza.
O neto de Milene, Adriano Roberto Lourenço, que é vice-presidente da escola, conta que o carnaval está na família o ano inteiro. "Termina um e já começamos a pensar no próximo carnaval. Tanto que nosso samba-enredo ficou pronto em setembro do ano passado", ilustra.
Na escola Império do Irajá, uma das nove do grupo de acesso parnanguara, o presidente Irajá Nunes e o colaborador Fabiano Onorato Gutiérrez dão os últimos retoques nas fantasias e carros alegóricos, cuja estrutura de ferro, por mais contraditório que pareça, serve depois para as encenações da Paixão de Cristo na Páscoa.
O trabalho, que pela primeira vez recebe verba da prefeitura, acontece nas horas vagas, já que Irajá é Policial Militar e também presidente a Sociedade Protetora dos Animais da cidade. Tudo para garantir vaga no grupo de acesso do carnaval de 2012. "Estamos lutando para deixar a escola entre os quatro primeiros lugares", conta Nunes.
Máscaras gigantes
O coordenador do carnaval em Antonina, Cezar Broska, que comanda a festa há 22 anos e cuida desde a parte burocrática de patrocínios até a confecção dos enfeites, conta que mais da metade das decorações de rua está pronta. Ele e seis pessoas trabalharam a última semana toda para deixar o símbolo da festa, um siri, e as 46 máscaras gigantes prontas para decorarem a avenida nos desfiles.
O investimento total na festa é de cerca de R$ 600 mil. Esse ano são esperadas 50 mil pessoas por dia para prestigiar o desfile dos cinco blocos folclóricos, mais os blocos de rua dos moradores, incluindo o tradicional de bonecos gigantes. "Queremos fazer um carnaval para a família", salienta Broska.
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