O coordenador do carnaval em Antonina, Cezar Broska, com algumas das 46 máscaras gigantes que vão decorar a avenida nos desfiles dos dias 5 e 6| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Veranista tem de correr para se hospedar

Os veranistas que pretendem passar o Carnaval nas praias devem se apressar. Dos cerca de 2 mil imóveis disponíveis para locação, restam aproximadamente 400 (20%), segundo o Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi).

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Fabiano Gutiérrez dá os últimos retoques nas fantasias da escola Império do Irajá, de Paranaguá
Confira as festas de carnaval no Litoral
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A 13 dias do início dos desfiles de carnaval, que acontecem nos dias 5 e 6 de março em Antonina e Paranaguá, os integrantes das escolas de samba e blocos de rua das duas cidades litorâneas correm contra o tempo. Para promover as festas de Momo mais famosas do Paraná, o trabalho é intenso.

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O trabalhador autônomo Sérgio Salgado de Oliveira, de Antonina, é um dos moradores que nessa época do ano arranja forças extras para ajudar na produção da festa e, não raro, para trabalhar na confecção das alegorias até quase o dia amanhecer. Artesão e um dos integrantes da bateria da escola de samba Filhos da Capela, ele adiantou o serviço na última semana para poder se dedicar com exclusividade às tarefas na escola. "É quase um mês de muito serviço para 40 minutos de desfile. Mas o esforço compensa", diz Salgado.

Nos ensaios abertos ao público, os integrantes de cada escola de Antonina se uniram para vender cerveja e refrigerante e ajudar a engordar o caixa de R$ 8 mil que cada escola recebeu da prefeitura. "É umas das formas que encontramos de juntar uma graninha a mais", diz Gicelda Machado Passos, presidente da Filhos da Capela há dois anos.

Outra demonstração de esforço está em ceder a própria casa para que as produções sejam feitas. Como grande parte das escolas de samba de Antonina e Paranaguá não tem barracão próprio para confecção das fantasias, construção dos carros alegóricos e ensaios, o jeito é usar a própria garagem e deixar o carro na rua para dar espaço às fantasias.

A escola Acadêmicos do Litoral – que chega a atrair 30 mil pessoas por dia na avenida -, está com 90% do desfile pronto e recebeu R$ 20 mil da prefeitura em duas vezes. A última parcela ajudou a pagar contas e a decorar os carros alegóricos, que demoram em média uma semana para terem a estrutura e decoração prontas.

A construção é feita na casa da presidente Milene Rosa Gomes, 60 anos. Veteraníssima da folia parnanguara, com 38 anos na presidência da Acadêmicos do Lito­­ral, Milene não reclama do sacrifício. "Muita gente quer que eu pendure as chuteiras. Mas só vou fazer isso até quando Deus me levar", enfatiza.

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O neto de Milene, Adriano Roberto Lourenço, que é vice-presidente da escola, conta que o carnaval está na família o ano inteiro. "Termina um e já começamos a pensar no próximo carnaval. Tanto que nosso samba-enredo ficou pronto em setembro do ano passado", ilustra.

Na escola Império do Irajá, uma das nove do grupo de acesso parnanguara, o presidente Irajá Nunes e o colaborador Fabiano Onorato Gutiérrez dão os últimos retoques nas fantasias e carros alegóricos, cuja estrutura de ferro, por mais contraditório que pareça, serve depois para as encenações da Paixão de Cristo na Páscoa.

O trabalho, que pela primeira vez recebe verba da prefeitura, acontece nas horas vagas, já que Irajá é Policial Militar e também presidente a Sociedade Protetora dos Animais da cidade. Tudo para garantir vaga no grupo de acesso do carnaval de 2012. "Estamos lutando para deixar a escola entre os quatro primeiros lugares", conta Nunes.

Máscaras gigantes

O coordenador do carnaval em Antonina, Cezar Broska, que co­­­manda a festa há 22 anos e cuida desde a parte burocrática de patrocínios até a confecção dos enfeites, conta que mais da metade das decorações de rua está pronta. Ele e seis pessoas trabalharam a última semana toda para deixar o símbolo da festa, um siri, e as 46 máscaras gigantes prontas para decorarem a avenida nos desfiles.

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O investimento total na festa é de cerca de R$ 600 mil. Esse ano são esperadas 50 mil pessoas por dia para prestigiar o desfile dos cinco blocos folclóricos, mais os blocos de rua dos moradores, incluindo o tradicional de bonecos gigantes. "Queremos fazer um carnaval para a família", salienta Broska.