Os moradores do Balneário de Ipanema, em Pontal do Paraná, reclamam da falta de cuidado com o lixo na cidade. No bairro Ipanema III, próximo à Rua 20 de dezembro, o lixo fica acumulado atrás da Unidade de Saúde da Mulher, paralelo a uma creche e em uma área de preservação ambiental.
Veja fotos do acúmulo de lixo em Pontal do Paraná
Por lá existe de tudo – restos de madeira, sofás e eletrodomésticos velhos; bichos como cobras e ratos; e, é claro, muitos mosquitos e água parada. A situação gera um grande desconforto aos moradores e turistas. Eles afirmam já ter encontrado mosquitos parecidos com o Aedes aegypti, que transmite a dengue, a chikungunya e o zika vírus.
A auxiliar de enfermagem aposentada Aladir Servelo mora no local há um ano e afirma que é constante o movimento de pessoas que jogam lixo no local. “O cheiro é muito forte. As pessoas chegam em vans e depositam todo o tipo de material. Até mesmo peixes podres. Fica impossível viver com os pernilongos e as moscas”, conta. “Uma manhã acordei com o mosquito da dengue em casa, na hora do café da manhã”.
De acordo com Aladir, desde que ela vive no local, a limpeza da área nunca foi feita. “Já liguei mais de 30 vezes para pedir o serviço de limpeza. É um descaso total conosco, as crianças precisam passar praticamente em cima do lixo para ir para casa. Ainda mais agora que o medo da dengue está em todo litoral”, comenta.
De acordo com o Boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), Pontal do Paraná registrou 23 casos de dengue desde agosto de 2015, mas nenhum desses foi contraído na cidade.
Outro lado
O Secretário de Obras e Urbanismo da Prefeitura de Pontal do Paraná, Murilo Camargo,afirmou que a limpeza é feita no local uma vez por mês, mas a população continua jogando lixo onde não deve. “É um trabalho muito difícil, já que limpamos e no outro dia tudo está do mesmo jeito, como se não tivéssemos limpado”, disse.
O secretário afirmou que não há focos do mosquito Aedes aegypti no município, mas prometeu que até sexta-feira (8) um caminhão da prefeitura deve ir ao local para fazer a limpeza.
Para evitar que a situação continue, Camargo afirmou que estuda fechar a rua que dá acesso à área para evitar que as pessoas depositem materiais no local. “Primeiro vamos fazer a limpeza e depois verificar a viabilidade fechar uma das vias”. De acordo com o secretário, o fechamento não inviabilizará o trânsito no local, já que o acesso às casas pode ser feito facilmente por outras duas ruas.
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