Nos barcos, os homens. Nos balcões de venda e de beneficiamento dos peixes, alguns homens e muitas mulheres. Assim é a divisão do trabalho nos mercados de peixe. "Eu processo e vendo o peixe trazido pelo meu marido, me considero uma pescadora e faço questão de ser registrada assim. O papel das mulheres é fundamental dentro do mercado", lembra Cleonice Silva do Nascimento, 34 anos, que trabalha no mercado em Shangri-lá e aparece na foto acima com o marido Edinal dos Santos Tavares. A participação feminina nesses espaços, porém, não foi sempre tão pacífica pelo menos em Matinhos. "O ambiente era bem mais machista. Tanto que, até 1978, as mulheres eram proibidas de vender peixe. Os pescadores mais antigos temiam que a presença delas gerasse algum tipo de confusão, mas aos poucos isso mudou", conta Mário Hanek, um dos responsáveis pelo mercado de peixe de Matinhos.
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