Cerca de 150 mil pessoas curtiram na noite de sábado (21) a Matimbanda - o carnaval de rua de Matinhos. Três trios elétricos percorreram a Avenida Atlântica animando e arrastando um mar de pessoas.
A chuva fraca que caiu um pouco antes do início do desfile dos trios não desanimou os foliões. Até quem estava dentro dos apartamentos à beira mar não resistiu ao som dos trios. O que se via eram varandas lotadas de pessoas acenando e dançando ao som das bandas de carnaval.
O casal de namorados de Curitiba Diego Ansiutti, de 22 anos, e Joana Kaucz, de 26, viu o desfile dos trios de dentro do prédio, à beira da piscina. "Como o muro é baixo dá para ver tudo daqui. Aqui dentro é mais tranquilo", disse Ansiutti.
A londrinense Michele Bomtempo, de 22 anos, inovou e fez do muro do prédio onde mora a passarela de desfile. "Estou só aquecendo, daqui a pouco vou curtir o carnaval lá perto do trio", comentou.Quem abriu a diversão foi a banda de Curitiba Bom Bahia. Há oito anos que o grupo anima os foliões no Litoral do Paraná. Mas para o vocalista Gilson Moreira, a Matimbanda foi a sua estréia em cima do trio elétrico. "Isso aqui é muito bom. Chego a ficar arrepiado. É show de bola, uma das melhores coisas que eu já vi", afirmou o cantor num curto intervalo de tempo que tinha entre uma música e outra.
A banda tocou mais de 60 músicas de pop rock e axé. "Temos um repertório de mais de 250 músicas, mas fazemos uma espécie de coletânea das melhores", explicou Moreira. E tocar em cima de um trio elétrico não é fácil, conta o guitarrista da banda Márcio Aparecido de Almeida. "As vezes desequilibra, tem que ficar atento", diz.
Na boléia do caminhão, o curitibano Paulo César Bertolin, de 34 anos, é quem dita o ritmo. Não das músicas, mas da velocidade do trio elétrico na avenida. Dentro da cabine, o calor e o volume do som do trio castigam. "É complicado porque temos que ter todo um cuidado com a velocidade do trio por causa dos músicos", contou. Ver aquele amontoado de pessoas na frente do caminhão, diz Bertolin, causa um pouco de inveja. "Dá vontade de descer e pular o carnaval. Mas hoje é dia de trabalho, não de folia". Os quatro dias de carnaval vão render ao motorista R$ 500. "É um extra durante o feriado".
Festa tranquila
Apesar da multidão, a Polícia Militar não registrou qualquer ocorrência mais grave. O major Adonis Nobor Furuushi, da assessoria de imprensa da PM, informou que houve casos só de pequenas brigas.
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