Com a chegada do verão, é natural que os veranistas busquem alimentos mais leves, como saladas frescas. É aí que o consumo de palmito aumenta, sendo que boa parte do produto comercializado na tempoada é de origem ilegal, lembra o chefe de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Paraná, Michel Marcusso Kawashita.
Kawashita alerta os veranistas para que consumam apenas palmitos envasados e que tenham o selo do registro obrigatório do Ibama no rótulo. Do contrário, o consumidor leva um produto sem garantia de procedência, que pode estar impróprio para o consumo. "Como o palmito ilegal não passa por nenhum tipo de fiscalização, ele pode estar contaminado com qualquer tipo de microorganismo, podendo causar infecções alimentares também", diz o médico infectologista do Hospital Evangélico Alceu Fontana Pacheco Júnior.
Além de provocar danos à saúde, o consumo de palmito ilegal deve ser coibido para se evitar desequilíbrios ecológicos, aponta o chefe de fiscalização do Ibama. "O palmito de palmeira jussara, por exemplo, está em vias de extinção. Toda vez que o consumidor compra esse palmito, ele contribui para reduzir a biodiversidade da Mata Atlântica, tirando também o alimento de animais como a anta e a jacutinga, que consomem o palmito", explica.
Serviço:
Para conferir a procedência do palmito ou fazer denúncias da venda do produto irregular, o consumidor pode ligar para a superintendência do Ibama em Curitiba no telefone (41) 3360-6100.