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Protesto

Vereadores alegam falta de segurança e cancelam sessão na Câmara do Rio

A sessão da Câmara prevista para começar às 14h de hoje no plenário foi cancelada pela direção da Casa por falta de segurança nos arredores do prédio. A direção também cancelou o expediente e todos os funcionários estão sendo retirados de lá.

Desde o início do dia, a Câmara está cercada por policiais militares. Pela manhã, vereadores realizaram a primeira sessão da CPI dos Ônibus. A reunião foi tumultuada dentro e fora do prédio.

Manifestantes protestam contra a composição da CPI. Vereadores que votaram contra a criação da própria CPI integram a comissão.

As ruas nos arredores da Câmara foram fechadas pelos manifestantes.

As 14h, o sistema de som da Casa anunciou o cancelamento da sessão da tarde. Entre as justificativas apresentadas para o cancelamento estava a violência cometida contra os vereadores, atacados por manifestantes.

Atingido com um ovo na cabeça por manifestantes quando deixava a Câmara, o vereador Professor Uóston (PMDB) se queixou. "Entendo a importância das manifestações. Faz parte do processo democrático. O que eu não posso aceitar é a forma covarde como a violência está sendo usada. Estão passando por cima da democracia. Hoje me acertaram um ovo na cabeça, mas poderia ser uma pedra. A integridade física das pessoas está em risco", disse o vereador, que é relator da CPI.

Policiais Militares fazem a segurança interna da Câmara. Dez policiais circulam pelo saguão principal do prédio, mesmo andar do plenário.

Dez manifestantes ainda estão acampados na Câmara. O grupo não está mais no plenário. Agora ocupam uma sala no primeiro andar do prédio.

A instalação da CPI era uma das reivindicações dos manifestantes que, desde junho, saem às ruas no Rio. Os vereadores que apoiam o prefeito Eduardo Paes (PMDB) --40 dos 51 que compõe a Casa-- resistiam.

Descontentamento

Os manifestantes estão descontentes com a escolha de dois peemedebistas --Chiquinho Brazão e Professor Uóston, colegas de partido do prefeito do Rio, Eduardo Paes-- para comandar a CPI do Ônibus, que irá investigar a concessão das linhas de ônibus municipais do Rio. Brazão e Uóston foram escolhidos, respectivamente, como presidente e relator da CPI.

O Eliomar Coelho (PSOL), autor do requerimento para a criação da comissão, é o único membro da CPI que assinou o pedido. A expectativa de quem acompanhava a sessão era que ele, na condição de autor do relatório, fosse escolhido para conduzir os trabalhos de investigação.

A instalação da CPI era uma das reivindicações dos manifestantes que, desde junho, saem às ruas no Rio. Os vereadores que apoiam o prefeito Eduardo Paes (PMDB) --40 dos 51 que compõe a Casa-- resistiam a assinar o pedido, mas parte acabou cedendo devido à pressão popular.

Cerca de 80 policiais militares cercam a Câmara Municipal do Rio para evitar o acesso de ativistas. Até as 11h, ao menos duas pessoas que participaram dos protestos foram detidos depois de um tumulto na entrada da Casa.

Um grupo de 50 manifestantes ocupou o interior do prédio na sexta-feira e ao menos nove pessoas permanecem acampadas no plenário da Casa na praça da Cinelândia, no centro do Rio.

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