Os nove vereadores de Maringá que foram condenados pela prática de nepotismo pretendem recorrer ao Tribunal de Justiça. Eles alegam que não há lei municipal, estadual ou federal que proíba a contratação de parentes em cargos comissionados e questionam o rigor da condenação. A sentença prevê perda dos direitos políticos, devolução aos cofres públicos de todos os valores pagos pelo órgão aos seus respectivos parentes e multa civil até dez vezes o valor do último salário.
O presidente da Câmara, John Alves (PMDB), espera ser informado em que se baseou a condenação, mostrando que não há ilegalidade na Câmara. O vereador Odair Fogueteiro (PTB) disse nesta sexta-feira que a condenação é um "absurdo e abuso de poder". "Tenho certeza de que seremos inocentados porque as pessoas estão trabalhando para comunidade e não só recebendo salário", disse.
O vereador Dorival Dias (PSDB) também questiona a condenação. "Não compete à Justiça regulamentar isso e sim à Câmara Federal, que pode fazer lei sobre o que é ou não nepotismo", afirmou.