As tesouras, espécie de viga de sustentação do teto da Igreja Renascer, continuam a ser retiradas nesta quinta-feira (29) do local da queda do telhado, no Cambuci, na Zona Sul de São Paulo.
A planta original do prédio mostra que 14 tesouras estavam separadas por 3,5 m de distância. No dia 18, o teto do templo desabou, matando nove pessoas e ferindo mais de cem. As causas do acidente são investigadas pela Polícia Civil.
Em 1999, as tesouras de madeira receberam reforço de metal. Uma das hipóteses é que o rompimento do teto tenha acontecido na parte central de uma dessas tesouras.
Um laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de 15 de fevereiro de 2000 mostra que era necessário um cuidado especial com o apoio das tesouras e com as partes de madeira do teto da igreja. E que era preciso eliminar fontes de umidade e também alertava contra a colocação de materiais na parte superior do forro, como o ar-condicionado encontrado após o desastre.
O serviço dos operários é num ritmo cauteloso. Muita conversa e planejamento e nada de pressa. As partes do muro que ameaçavam cair já foram demolidas. Com isso, a perícia já começou a investigação as causas do acidente.
Agora, em vez de elevar homens com marretas, o guindaste, de 70 metros de altura, tem outra função: retirar dos escombros as tesouras. Quatorze delas eram usadas para sustentar o teto do templo.
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