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Tragédia

Violência do assassinato choca família, colegas e pais de alunos

A morte de Rachel chocou não só a família da menina. A família indígena que encontrou a mala com o corpo da menina está assustada. "Eu quero voltar para Ortigueira hoje. Não quero ficar com o meu filho aqui", disse a índia Neusa Lucas, 19 anos.

A família de Rachel preferiu não dar entrevistas à imprensa. Segundo a esposa do padrinho de Rachel, Lidiane Souza, 25 anos, todos estão ainda chocados demais para falar. "Foi uma monstruosidade o que fizeram. Ela foi estuprada, ficou cheia de hematomas, com as mãozinhas inchadas, toda ensagüentada", afirma.

No Instituto de Educação do Paraná (IEP), colégio em que Rachel estudava, o dia foi conturbado ontem. Pela manhã, os alunos fizeram cartazes em homenagem à menina. À tarde, os alunos que chegavam com os pais foram orientados a voltar para casa. Já os que chegavam sozinhos e com condução escolar permaneceram na escola.

Pelos corredores, pais, professores e alunos lamentavam o crime. A camareira Adriana Xavier, mãe de aluno do Instituto, se diz assustada com o que aconteceu. "Nós que temos filhos da mesma idade ficamos desesperados. Eu não deixo minha filha andar sozinha por nada, ainda mais agora", afirma.

A historiadora Rosângela Santos, 37 anos, também mãe de aluno, chamou a atenção para a falta de segurança do entorno do colégio. "Esporadicamente tem guarda aqui, mas sempre tem um monte de moleque que vem de outros colégios para brigar aqui", conta.

Segundo a coordenadora de 1ª a 4ª do Instituto, Marisa Mello, a escola tinha conhecimento de que Rachel ia e voltava da escola sozinha. "A mãe dela disse que a menina estava bem orientada", afirma.

O problema de segurança, contudo, não acontecia apenas nos arredores da escola. Os vizinhos de Rachel, na Vila Guaíra, também afirmaram que a região não tem segurança. "Tem arrombamento, assalto. À noite fica ainda mais perigoso, por causa da proximidade da favela do Parolin", disse um morador, que preferiu não se identificar. Segundo os vizinhos, ainda, Rachel costumava brincar sempre para dentro do portão de casa, sob os olhares da mãe. (TC)

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