Os três mortos em um acidente de trânsito no cruzamento da Avenida Silva Jardim com a Rua Alferes Poli, na madrugada de domingo (22), foram enterradas no fim da tarde desta segunda-feira (23) em Curitiba. A cerimônia ocorreu no Cemitério Memorial da Vida, em São José dos Pinhais, na região metropolitana. Lorena Araújo Camargo, de 47 anos, Gabriele Empinotti, de 23, e Igor Empinotti de Oliveira, de 9 anos, que eram da mesma família, foram velados no Cemitério Municipal São Francisco de Paula, na capital.
Cerca de 100 pessoas, em sua maioria familiares, estavam presentes ao velório por volta do meio-dia. Parte deles veio de União da Vitória, inclusive o pai de Gabriele, que é ex-marido de Lorena.
As vítimas fatais estavam em um Corsa Classic, retornando de uma formatura, quando o acidente ocorreu. O noivo de Gabriele, Jackson Adriano Ferreira, de 31 anos, foi levado para o Hospital Evangélico com múltiplas fraturas e permanece internado, sem risco de morte e sem previsão de alta.
O motorista do outro carro, o Ford Ka, Eduardo Vitor Garzuze, está internado no Hospital do Trabalhador, onde se recupera de uma cirurgia em que colocou uma prótese no quadril. Seu quadro é estável.
Investigação
O titular da Delegacia de Delitos de Trânsito (Dedetran), Rodrigo Brown, conta que a polícia está analisando imagens de câmeras de segurança da região. Ele explica que essas gravações mostram que o veículo com as vítimas fatais à bordo vinha pela Rua Alferes Poli em baixa velocidade e passou pelo cruzamento no momento em que o semáforo mudava do amarelo para o vermelho. Já o rapaz no Ford Ka vinha em alta velocidade pela Avenida Silva Jardim e passou no local no momento em que o sinal mudava do vermelho para o verde.
Nesta segunda-feira (23), os policiais vão ouvir as testemunhas do fato, incluindo o motorista que havia se envolvido em um acidente com esse rapaz pouco antes da colisão. Ainda de acordo com Brown, o prontuário médico e os policiais que atenderam a ocorrência contaram que Garzuze exalava um odor etílico.Outro lado
O advogado de Garzuze, Daniel Bernardi Boscardin, teve contato com o inquérito do caso no início da tarde desta segunda-feira (23). Ele contou que o rapaz trabalha em um posto de gasolina da região e havia deixado o trabalho na madruga de domingo. Ainda segundo o advogado, Garzuze realmente havia se envolvido em um acidente anterior. Ele teria parado para ver a extensão da colisão quando teria sido agredido pelo outro motorista, por isso o rapaz fugiu. O advogado disse que ainda aguarda ter acesso às provas, como imagens de câmeras de segurança e depoimentos de testemunhas para só então se pronunciar sobre a questão de avanço ou não de sinal. Já sobre a embriaguez, Boscardin disse que, normalmente, Garzuze não poderia beber porque é diabético.