Um ano depois de decretar emergência internacional por causa da proliferação do vírus da zika pelo mundo, a cúpula da Organização Mundial da Saúde (OMS) admite: “ainda está no escuro” diante de vários aspectos da doença, mesmo que muitas perguntas sobre o vírus tenham sido respondidas. A constatação faz parte de um documento usado pela OMS em uma reunião com doadores em janeiro para atualizar a comunidade internacional sobre quais serão os próximos passos.
A agência de saúde da ONU estima que são pelo menos cinco as perguntas ainda sem respostas definitivas: Qual é o risco absoluto da síndrome congênita do zika? Quais os fatores de risco para a microcefalia? Qual é a extensão da infecção em áreas com o mosquito? Qual é o risco de transmissão sexual? E qual é o papel da imunidade natural em diferentes regiões com surtos que tenham ocorrido no passado?
Só que a entidade já declarou o fim da emergência e optou por transformar o cenário de urgência em programa de longo prazo. À reportagem, pesquisadores da agência admitiram que a luta contra o zika será longa e onerosa para os governos. Além de lidar com o mosquito vetor da doença, eles precisam preparar-se para ajudar famílias a lidar com crianças com má-formação e problemas que ainda nem sequer são conhecidos.
No caso do Brasil, dados recebidos pela OMS nos últimos dias apontam que o verão fez ressurgir o número de casos, ainda que em um volume menor que o do surto de 2015 e 2016. Ainda assim, fontes dentro da própria OMS criticaram o fim da emergência, alertando que a decisão retirou o foco de doadores e foi prematura.
Vivendo um processo eleitoral para escolher uma nova direção e substituir Margaret Chan no comando, a entidade vive o debate sobre sua credibilidade, duramente afetada nos últimos anos. Durante a campanha, muitos concorrentes disseram não concordar com o fim do status do vírus da zika e a forma de determinar emergências.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Soraya Thronicke quer regulamentação do cigarro eletrônico; Girão e Malta criticam
Relator defende reforma do Código Civil em temas de família e propriedade
Dia das Mães foi criado em homenagem a mulher que lutou contra a mortalidade infantil; conheça a origem
Rotina de mães que permanecem em casa com seus filhos é igualmente desafiadora