Dilma Rousseff (PT) sofreu impeachment em 2016.| Foto: Andressa Anholete/AFP

O ano de 2016 não vai deixar saudades para os militantes da esquerda. E não foi só para os militantes da esquerda brasileira.

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No cenário internacional, a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos e a morte do ditador cubano Fidel Castro também são exemplos de baques significativos.

No Brasil, o PT termina o ano muito menor do que começou antes do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e com a necessidade urgente de se reinventar para ter alguma chance em 2018.

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Veja as principais derrotas da esquerda em 2016:

Impeachment de Dilma

O mais duro golpe foi o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). A petista não conseguiu garantir uma maioria no Congresso e não chegou nem perto de salvar o mandato. Com o então vice-presidente (PMDB) articulando a cassação da presidente e sem apoio na Câmara e no Senado para aprovar medidas para tirar o país da crise, a situação acabou fugindo do controle e Dilma deixou o governo em agosto.

 

Lula alvo de investigações

O maior ícone do PT também não sai ileso de 2016. O ex-presidente Lula vai terminar a ano respondendo a cinco processos na Justiça, além de responder a dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) relacionados à Lava Jato.

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Em primeira instância, Lula também é alvo de inquéritos conduzidos pela Polícia Federal. Em março, o ex-presidente chegou a ser alvo da 24ª fase da Lava Jato e foi conduzido coercitivamente para prestar depoimento.

 

Lava Jato

A Lava Jato, inclusive, não deu trégua em 2016 e teve como alvos diversas figuras do PT. Foram parar atrás das grades em diferentes fases da operação o ex-tesoureiro do partido Silvio Pereira, os ex-ministros Paulo Bernardo, Antônio Palocci e Guido Mantega – este último solto no mesmo dia por ordem do juiz federal Sergio Moro.

 

Eleições municipais

Depois de muitos anos em que as urnas eram favoráveis a candidatos do PT em todo o país, em 2016 o partido encolheu e conquistou 61% menos prefeituras que em 2012. Em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) não chegou sequer ao segundo turno das eleições.

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Atuação no Congresso

No cenário pós-impeachment, o PT perdeu força no Congresso e não conseguiu impor sua agenda nos assuntos nacionais. O grande exemplo é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos, que foi aprovado nos últimos dias antes do recesso. Nem as manifestações em frente ao Congresso conseguiram impedir a aprovação da PEC.

A esquerda não conseguiu colocar gente o suficiente nas ruas e o número de manifestantes nos protestos convocados contra Temer e medidas como a PEC do teto foi muito menor que o número de pessoas que saíram às ruas pelo impeachment, por exemplo.

O partido também viu vir à tona discussões como a reforma trabalhista e da previdência – que ficaram para 2017. O PT também tentou fazer pressão contra a aprovação da Medida Provisória do Ensino Médio, apoiando ocupações em diversas escolas e universidades do país. Apesar de conseguir avançar em alguns pontos – como a obrigatoriedade da disciplina de filosofia e sociologia na grade escolar – a reforma segue adiante.

 
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Morte de Fidel

No campo internacional, o cenário em 2016 também não foi dos mais favoráveis. Já quase no final do ano, a morte do ditador cubano Fidel Castro foi um duro golpe aos movimentos de esquerda. Os analistas ainda têm opiniões divergentes sobre as consequências imediatas da morte do presidente de Cuba, mas há quem acredite que algumas práticas comunistas acabem deixando a cena no país.

 

Onda conservadora

Outra grande surpresa de 2016 foi a vitória de Donald Trump nas eleições para a Presidência americana. Empresário, Trump não tem nada em comum com setores da esquerda e deve dar um tom mais conservador à polícia dos Estados Unidos. Outra vitória do conservadorismo a nível internacional foi a saída do Reino Unido da União Europeia nesse ano. Depois de um referendo, o Partido Conservador, anti-EU, saiu vencedor.