O plenário da Câmara dos Deputados decide na noite desta terça-feira (8) a composição da comissão que irá discutir o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Governistas protocolaram uma chapa com 47 nomes. A oposição e dissidentes da base reuniram 39 deputados.
Chapas de comissão do impeachment têm 47 governistas e 39 da oposição; confira quem são os candidatos
Leia a matéria completaNa primeira chapa, a governista, está apenas um deputado paranaense, no caso, João Arruda (PMDB).
Já na chapa da oposição estão os paranaenses Valdir Rossoni (PSDB), Evandro Roman (PSD), Osmar Serraglio (PMDB) e Fernando Francischini (SD).
Segundo a Secretaria-Geral da Câmara Federal, a eleição dos 65 membros da comissão deve ocorrer por meio de votação secreta, com base em dispositivo do regimento interno da Casa. A decisão pode atrapalhar o governo, que trabalha por uma composição favorável no grupo que analisará o pedido e busca que o voto seja aberto.
Entrevista
O deputado federal pelo Paraná João Arruda (PMDB), sobrinho do senador Roberto Requião (PMDB), afirmou em entrevista à Gazeta do Povo na tarde de segunda-feira (7) que defende “a necessária cautela” para tratar do tema do impeachment.
O chamado “perfil moderado” de Arruda bate com os planos de Leonardo Picciani (RJ), líder da bancada do PMDB, que tenta dar uma aparência técnica à comissão especial, sem nomes que já expressaram posições sobre o impeachment – a favor ou contra. “Nós queremos que a comissão especial seja marcada por uma discussão equilibrada. A análise tem que ser técnica, não política. Não é ano eleitoral”, afirmou Arruda.
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