As primeiras denúncias contra o presidente da Câmara dos Deputados, Severino Cavalcanti (PP-PE), foram publicadas pela revista Veja no início de setembro. Segundo a revista, o empresário Sebastião Buani pagou propina, o mensalinho, a Severino para ter o contrato de seu restaurante na Câmara renovado por cinco anos.

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2.set – O presidente da Câmara acusa Buani, dono do restaurante Fiorella no anexo 4 da Câmara, de tentativa de extorsão. Severino afirma que Buani está devendo à Câmara R$ 150 mil por inadimplência contratual e que a dívida será executada. Esse seria o motivo da extorsão.

5.set – Buani nega que pagasse um mensalinho de R$ 10 mil a Severino, para poder continuar como concessionário do restaurante da Casa. "De maneira nenhuma. Não tenho dinheiro para pagar minhas contas, muito menos propina", declarou Buani.

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6.set – O ex-gerente do restaurante, Izeilton Carvalho, admite à PF ter sido a fonte das denúncias e exibe o documento com a assinatura de Severino, que comprava o pagamento de mensalinho a Buani.

7.set – Severino dá justificativas desencontradas para o documento. Primeiro tenta negar que tenha assinado o papel. 15 minutos depois, admite que pode ter assinado o documento. Duas horas mais tarde, é ainda mais dúbio: "Aquele documento não existe e se existe é uma falsidade".

8.set – Em menos de uma hora, Buani revelou em detalhes como pagou "R$ 110 mil ou R$ 120 mil" em propina a Severino, nos anos de 2002 e 2003, para garantir o funcionamento de restaurantes e lanchonetes que tinha na Casa. Severino responde: "É mentira. É mentira. É mentira".

11.set – Severino apresenta perícia feita em Pernambuco tentando mostrar que a assinatura do documento prorrogando a concessão dos restaurantes não é sua.

12.set – Os partidos de oposição entregam ao Conselho de Ética representação pedindo abertura de processo de cassação contra Severino. Assinaram o pedido PFL, PSDB, PPS, PDT e PV. A ala esquerda do PT também assinou.

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