O ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou nesta terça-feira (11) que a Polícia Federal não irá abrir documentos apreendidos nas dependências da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que não tenham ligação com a Operação Satiagraha. Tarso disse já ter combinado com o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Jorge Félix, que os documentos da Abin só serão abertos na presença de representantes da agência.
"O ministro Félix me manifestou a preocupação, e lhe dou toda a razão, de que podem estar nas mãos da Polícia Federal documentos que não têm relação com o inquérito e são sigilosos. Todos estes documentos levados pela Polícia Federal estão lacrados e serão abertos e separados na presença de representantes da Abin", afirmou o ministro, após um encontro com o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP).
Tarso defendeu a ação da PF em buscar documentos na agência e garantiu que não há problemas entre os órgãos. "Não há controvérsia entre o Gabinete de Segurança e o Ministério da Justiça, nem entre a Abin e a Polícia Federal. Estamos dando garantia à Abin e ao ministro Félix de que não há perigo de ser aberto qualquer documento com informação que tinha de ser de caráter reservado da Abin".
A busca de documentos na Abin foi determinada pela Justiça devido à investigação que a PF faz de supostas irregularidades na Operação Satiagraha, que prendeu o banqueiro Daniel Dantas, o investidor Naji Nahas, o ex-prefeito de São Paulo Celso Pitta, entre outros.
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