O segundo vice-presidente da Câmara e corregedor da Casa, ACM Neto (DEM-BA), rebateu nesta quarta-feira (20) as críticas que recebeu do deputado Edmar Moreira (sem partido-MG). ACM Neto afirmou que o colega partiu para o ataque porque não tem como se defender da acusação de uso irregular de verba indenizatória.
"Entendo qual foi a estratégia do deputado Edmar Moreira. Ele partiu para o ataque porque não tinha argumento para se defender, porque as denúncias são irrespondíveis", disse o corregedor.
Moreira é investigado por uso irregular de verba indenizatória e ganhou notoriedade por ter sido dono de um castelo de R$ 25 milhões em Minas Gerais, depois registrado em nome do filho. Segundo investigação preliminar da Corregedoria, ele usou notas de empresas de segurança de sua propriedade para receber recursos da verba indenizatória e não conseguiu provar a prestação efetiva do serviço.
Em depoimento no Conselho de Ética, ele alegou ser perseguido pelo DEM, que o expulsou. Pediu também a exclusão do seu caso no Conselho de Ética dos deputados do partido. Atacou ainda ACM Neto, dizendo que o corregedor não tinha isenção para investigá-lo.
Neto destacou que a investigação preliminar feita pela corregedoria, sob sua coordenação, contou com deputados de outros partidos e que o relatório final foi de autoria do petista José Eduardo Cardozo (SP). Ele enfatizou também o fato de que a Mesa Diretora respaldou o trabalho da comissão e enviou o caso ao Conselho de Ética.
Também citado por Moreira, o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), rebateu as acusações em plenário. Ele negou que haja perseguição do partido ao ex-filiado e também destacou o fato de a Mesa Diretora ter respaldado o trabalho de investigação da corregedoria.
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), também saiu em defesa do corregedor. "A Mesa acolheu a manifestação da corregedoria, que era muito adequada por sinal, sem fazer nenhum reparo. A Mesa emitiu um juízo de valor preliminar, até porque o juízo de valor definitivo é feito pelo plenário."
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